04/02/2017

Coração - Poema de Guilherme de Almeida




Lembrança, quanta lembrança
Dos tempos que já lá vão!
Minha vida de criança,
Minha bolha de sabão!

Infância, que sorte cega,
Que ventania cruel,
Que enxurrada te carrega,
Meu barquinho de papel?

Como vais, como te apartas,
E que sozinho que estou!
Ó meu castelo de cartas,
Quem foi que te derrubou?

Tudo muda, tudo passa
Neste mundo de ilusão;
Vai para o céu a fumaça,
Fica na terra o carvão.

Mas sempre, sem que te iludas,
Cantando num mesmo tom,
Só tu, coração, não mudas,
Porque és puro e porque és bom!



Guilherme de Almeida


10 comentários:

  1. Mais um lindo poema por aqui! Gostei ! bjs,ótimo fds! chica

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  2. Reflete alegria, lembranças boas.
    Beijinho Maria✿

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  3. E quando é bom e puro ... a poesia floresce nele!!!
    Bom sábado!

    https://mgpl1957.blogspot.pt/2017/02/inverno-em-poesia.html

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  4. Portugal, um paraíso , onde os poetas crescem como frutas nítidas copiosas nas árvores.
    Um abraço

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  5. Um poema lindo! E uma vez mais de um autor que não conhecia!
    Sempre óptimas descobertas, por aqui!!!
    Beijinhos! Bom fim de semana, para todos aí desse lado!
    Ana

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  6. Um belo poema, sim!
    Vá ao Japão quando for para Macau, o meu marido adorou (já não me lembro se já tinha respondido ao seu comentário).
    Quanto ao Dubai, chegou a perguntar a sua filha se não há problema em andar de calções curtos nas ruas (mercado...)?
    Bjs

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  7. Poema Excelente. Parabéns pela escolha.

    Beijo. Bom fim de semana.

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  8. Olá querida Maria!...Adorei o poema, mas não só, o seu lindo coração que desde o primeiro dia jamais me abandonou. Obrigada Maria pelas maravilhas com que nos vai brindando, pela sua arte fotográfica, com tão maravilhosas paisagens e pela sua linda poesia com que nos encanta.Beijinho amigo.
    Luisa Fernandes

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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