16/12/2016

Pedra-Vento - Poema de Carlos Nejar



O vento lavou as pedras,
mas ficaram as palavras.
O vento lavou as pedras
com sabor de madrugada.

O vento lavou as noites,
mas ficaram as estrelas.

O vento lavou a noite
com água límpida e mansa.
Mas não lavou a salsugem.

O vento lavou as águas,
mas não lavou a inocência
que amadurece nas águas.

O vento lavou o vento.



Carlos Nejar




6 comentários:

  1. A imagem está perfeita para esse lindo poema Maria Rodrigues!
    Bjs-Carmen Lúcia.

    ResponderEliminar
  2. Maravilhoso poema! Adorei

    Beijinho e bom fim de semana.

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

    ResponderEliminar
  3. Não conheço o poeta mas gosto do poema!
    Bj

    https://mgpl1957.blogspot.pt/2016/12/alfabeto-da-amizade.html

    ResponderEliminar
  4. Gostei de conhecer!
    Obrigado pela partilha.

    Beijinho Maria, tem um bom fim de semana.

    ResponderEliminar
  5. Muito lírico este vento do RGS...
    Por aqui as nortadas são de arrepiar...
    Um belo poema.
    Beijo.
    ~~~

    ResponderEliminar

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

Topo