09/12/2013

Alma Serena - Poema de Fernanda de Castro




Alma serena, a consciência pura,
assim eu quero a vida que me resta.
Saudade não é dor nem amargura,
dilui-se ao longe a derradeira festa.

Não me tentam as rotas da aventura,
agora sei que a minha estrada é esta:
difícil de subir, áspera e dura,
mas branca a urze, de oiro puro a giesta.

Assim meu canto fácil de entender,
como chuva a cair, planta a nascer,
como raiz na terra, água corrente.

Tão fácil o difícil verso obscuro!
Eu não canto, porém, atrás dum muro,
eu canto ao sol e para toda a gente.

Maria Fernanda Telles de Castro e Quadros

Blog: Fernanda Castro


5 comentários:

  1. Poema simplesmente maravilhoso

    Deixo abraço
    ***************
    http://pensamentosedevaneiosdoaguialivre.blogspot.pt/

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  2. Oi Maria
    Adorei a poesia
    Simplesmente encantadora
    Beijos
    Lua Singular

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  3. Ante uma paisagem assim, a palavra brota com a fluidez que engloba o poema.
    Excelente eleição. Agradeço a divulgação.
    Aquele abraço amigo

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  4. O poema é lindo e a imagem fascinante!
    Boa semana!

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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