06/08/2017

Solidão - Poema de Juan Ramón Jiménez






Estás todo em ti, mar, e, todavia,
como sem ti estás, que solitário,
que distante, sempre, de ti mesmo!

Aberto em mil feridas, cada instante,
qual minha fronte,
tuas ondas, como os meus pensamentos,
vão e vêm, vão e vêm,
beijando-se, afastando-se,
num eterno conhecer-se,
mar, e desconhecer-se.

És tu e não o sabes,
pulsa-te o coração e não o sente...
Que plenitude de solidão, mar solitário!


Juan Ramón Jiménez, in "Diario de Un Poeta Reciencasado"
Tradução de José Bento
(www.citador.pt) 



4 comentários:

  1. Beleza de poema! Linda semana pra ti! bjs, chica

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  2. Maria , gostei bastante . Não conhecia o poeta . Obrigada pela partilha . Boa semana . Beijos

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  3. Maria,
    Amo o Mar e seu
    poema traduz um pouco
    de sua essência.
    Lindo texto.
    Bjins
    CatiahoAlc.
    entre sonhos e delirios

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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