31/01/2016

As Estrelas - Poema de Olavo Bilac





Desenrola-se a sombra no regaço
Da morna tarde, no esmaiado anil;
Dorme, no ofego do calor febril,
A natureza, mole de cansaço.

Vagarosas estrelas! passo a passo,
O aprisco desertando, às mil e às mil,
Vindes do ignoto seio do redil
Num compacto rebanho, e encheis o espaço...

E, enquanto, lentas, sobre a paz terrena,
Vos tresmalhais tremulamente a flux,
— Uma divina música serena

Desce rolando pela vossa luz:
Cuida-se ouvir, ovelhas de ouro! a avena
Do invisível pastor que vos conduz...

Olavo Bilac


8 comentários:

  1. Lindo!!!!!!!! Abençoado domingo!!!!!!!!!! Beijos

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  2. Palavras sábias do grande escritor Olavo Bilac.
    Bjs Maria Rodrigues e um ótimo domingo.
    Carmen Lúcia.

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  3. A escolha foi magnífica, já que este poema/soneto é excelente.
    Bom domingo, Maria.
    Beijo.

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  4. Excelente e maravilhoso poema

    Bom Domingo, beijinhos

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  5. Lindo, como tudo de Olavo Bilac.
    http://artedaelda.blogspot.com.br/

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  6. Poema lindo de Olavo Bilac!
    Feliz semana e ótimo fevereiro!
    Beijos
    Amara

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  7. Mais um mix fabuloso de escolhas...
    Lindíssimo trabalho, Maria!
    Beijinhos
    Ana

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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