10/05/2016

Ó Rosas Desmaiadas - Poema de José Duro





Ó rosas desmaiadas,
Rosas de Maio, rosas de toucar,
Ó rosas do rei negro, aveludadas,
Abrindo à flava luz das madrugadas
As corolas em gérmen, corações a arfar…
No tremular de cores da asa vaporosa,
Borboleta que passa, vem beijar a rosa,
E aos murmúrios da brisa que corre anelante,
A subtil feiticeira deixa a sua amante
A chorar, a chorar, suavíssimos perfumes
- Pensamentos d’amor a traduzir ciúmes…
Borboleta que passa diz adeus à rosa,
No tremular de cores da asa vaporosa…
E aos murmúrios da brisa que desliza meiga,
Lá vai adormecer nas frescuras da veiga…
Deixando a rosa a soluçar, a soluçar,
Com pena de não ter asas para voar… voar!
Diversas flores, de diversas cores
Qual é de vós, dizei, os meus amores!


José Duro, in 'Antologia Poética'


5 comentários:

  1. Olá Maria,

    Lindo poema, ilustrado por uma bela imagem.
    Vim agradecer sua presença em minha postagem de pausa do meu recanto. Demorei um pouquinho devido a compromissos inadiáveis. Obrigada!

    Deixo-lhe meus cumprimentos e afetuoso abraço pelo Dia das Mães.

    Até breve!

    Beijo.

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  2. Olá minha querida amiga, venho por este caminho deixar em vossas mãos o meu terno beijinhos de luz, paz, amor e felicidade.
    Que esta seja mais uma semana cheia de coisas boas, com todos o mimos a que tem direito e que a princesinha Inês seja sempre princesa em toda a vida, beijinhos de luz e muita paz.

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  3. Lindo!
    Soberba escolha. Amei!

    Beijo

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  4. Olá Maria, não conhecia esse poema, mas é maravilhoso. Boa semana e beijos com carinho

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  5. Mais um autor que desconhecia... e que adorei descobrir, por aqui!
    Belíssimo trabalho!
    Bjs
    Ana

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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