23/04/2013

Carrancas ou Figuras de Proa


Foto:wikipedia_andrea malz

As Carranca são esculturas com forma humana ou animal, produzidas em madeira e que eram utilizadas na proa das embarcações.


Foto: wikipedia_Remi_Jouan

Foto: wikipedia_andrea malz

A grande maioria das carrancas foi feita entre os séculos XVI e XIX.


Foto: wikipedia_Ardfern

Foto: wikipedia_Vulkano_Seute_deern

Embora os navios anteriores a essa época, tivessem por vezes alguma forma de ornamentação (por exemplo, os barcos vikings de ca. 800-1100 dC), a prática geral foi introduzida com os galeões do século XVI, com a figura de proa.

Foto: wikipedia_Eileen_Sanda

Foto: wikipedia_Halblue_Kalamar_Nycel

Tal como acontece com a ornamentação de popa, o propósito da figura era muitas vezes para indicar o nome do navio (ainda que por vezes de uma forma um pouco complicada), a uma sociedade não-alfabetizada. No caso dos navios de guerra, servia para demonstrar a riqueza e o poder do proprietário.


Foto: wikipedia_Halblue_Kalamar_Nycel

Foto: wikipedia_Leo-seta_Turku


No auge do período Barroco, alguns navios vangloriavam-se com figuras gigantescas, pesando várias toneladas e, às vezes geminada em ambos os lados da proa.


Foto: wikipedia_Bahudhara

Foto: wikipedia_Lolita_Marrec


As figuras grandes, sendo esculpidas em madeira maciça e colocadas na ponta mais à frente do casco, afectavam as qualidades de navegação do navio. Este factor, e considerações de custo, levaram a um declinia da utilização das figuras durante o século XVIII e, em alguns casos, foram completamente abolidas por volta de 1800.


Foto: wikipedia_Mike_Peel

Foto: wikipedia_Mike_Peel


Após as guerras napoleônicas fizeram uma espécie de retorno, mas desta vez a maioria era apenas na forma de um busto de cintura para cima, em substituição das figuras de grandes dimensões usadas anteriormente.


Foto: wikipedia_Ludovic_Peron

Foto: wikipedia_yottanesia


Os veleiros da década de 1850 e 1860 tinham habitualmente figuras completas, mas estas eram relativamente pequenas e leves. As figuras de proa enquanto tal desapareceram com o fim dos grandes veleiros. 


Foto: wikipedia_cb22hh

Foto: wikipedia_Musicaline


Os primeiros navios a vapor, no entanto, eram decorados com frisos dourados ou escudos de armas nas suas proas. Esta prática durou até próximo da I Grande Guerra.


Foto: ww.mandragore2.net

Foto: wikipedia_Frederic_michel


As carrancas para além de adorno, estavam muitas vezes associadas a crenças de proteção do barco contra perigos reais e também imaginários, como os maus espiritos.

Fontes e Fotos: Wikipedia; ww.mandragore2.net; davincipoppalag.deviantart.com; outros net.


Foto: davincipoppalag.deviantart.com

"A arte vence a monotonia das coisas assim como a esperança vence a monotonia dos dias." (Gilbert Keith Chesterton)

8 comentários:

  1. Todo un arte y que magnificencia le da a la popa de un navío, bellísima entrada!
    Te dejo un fuerte abrazo, bonita noche.

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  2. Lindas carrancas, sei que todas possuem um significado, mas não sei decifrá-las. Gostei muito de apreciá-las! Um abraço, Yayá.

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  3. Nossa!!!!!!!!!!!!!!
    Que lindo está esse post,vc trouxe grandes imagens que fez a grandeza do teu post...
    "A arte vence a monotonia das coisas assim como a esperança vence a monotonia dos dias." (Gilbert Keith Chesterton)

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  4. Belíssimo post, Maria! Adoro carrancas de proa e, aqui, estão algumas das mais belas e significativas!

    Beijinho

    Laura

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  5. Gosto muito das carrancas de proa. São obras de arte muito interessantes. Começaram por ter um sentido comercial mas rapidamente divergiram, consoante as zonas.

    Belo post Maria

    Beijinhos

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  6. Lindo Maria, gosto imenso de carrancas, sei que cada uma tem um signficado, nunca aprendi, é uma arte que muito admiro.

    beijinho e uma flor

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  7. Mais uma página muito curiosa e uma frase muito bem escolhida.
    Em todos os tempos a arte esteve presente nos diversos aspectos da vida humana como forma de significar ou ultrapassar aspirações do incognoscível espiritual.
    Mais uma bela página. Parabéns.

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  8. Não se pode negar a beleza, nem o valor artístico da maioria das carrancas...

    Abração
    Jan

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