07/09/2014

Urgente - Poema de Fernanda de Castro



Urgente é construir serenamente
seja o que for, choupana ou catedral,
é trabalhar a peda, o barro, a cal,
é regressar às fontes, à nascente.

É não deixar perder-se uma semente,
é arrancar as urtigas do quintal,
é fazer duma rosa o roseiral,
sem perder tempo. Agora. Já. É urgente.

Urgente é respeitar o Amigo, o Irmão,
é perdoar, se alguém pede perdão,
é repartir o trigo do celeiro.

Urgente é respirar com alegria,
ouvir cantar a rola, a cotovia,
e plantar no pinhal mais um pinheiro.


Maria Fernanda Telles de Castro e Quadros



6 comentários:

  1. A palavra "urgente" na veia poética passou a soar a "inadiável"...
    e há tanto para não adiar mais!
    Gostei bastante! Bj

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  2. Urgente é saber viver.....lindo poema.
    Beijo Lisette

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  3. Bom dia querida amiga que possamos saber definir em nossas vidas o que realmente se faz urgente ,para que possamos ester em paz e harmonia com nosso espirito com Deus um grande abraço adorei ler este poema lindo bjs marlene

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  4. Adorei o poema, que não conhecia,
    mas ,inexplicavelmente, me traduz...
    Linda mensagem, Maria.
    Beijinho.

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  5. Olá, MARIA!
    Devemos relativizar as urgências e fazer uma coisa de cada vez, para construirmos serenamente seja o que for.
    Abrs
    J

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  6. Maria, bonito poema! Devemos sim abrir os olhos e viver urgentemente... Sem perder tempo, mas de passo em passo...

    Beijinhos e abrações...

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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