Uma vida cantada me rodeia.
Mas pergunto-me até onde me alcança
o canto que me envolve e me protege.
Qual será o meu destino verdadeiro?
De onde vem essa morte? e que sentido
tem o desejo de suster a vida?
E que vida oferece a voz que canta?
Por que roubar à sorte do silêncio
o náufrago, entre mil, que em nós levamos?
Casualidade humana obscura e incerta...
quem fomos? quem seríamos? quem somos
se o canto nos envolve e rasga o tempo
e - em que hora isenta? - nos deixa a salvo.
Cecília Meireles
In Solombra
Mas pergunto-me até onde me alcança
o canto que me envolve e me protege.
Qual será o meu destino verdadeiro?
De onde vem essa morte? e que sentido
tem o desejo de suster a vida?
E que vida oferece a voz que canta?
Por que roubar à sorte do silêncio
o náufrago, entre mil, que em nós levamos?
Casualidade humana obscura e incerta...
quem fomos? quem seríamos? quem somos
se o canto nos envolve e rasga o tempo
e - em que hora isenta? - nos deixa a salvo.
Cecília Meireles
In Solombra
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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).
Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.