28/04/2023

Conta e Tempo Poema de Frei António das Chagas





Deus pede estrita conta de meu tempo.
E eu vou do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas, como dar, sem tempo, tanta conta
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?

Para dar minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado, e não fiz conta,
Não quis, sobrando tempo, fazer conta,
Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.

Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!

Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,
Quando o tempo chegar, de prestar conta
Chorarão, como eu, o não ter tempo...



Frei António das Chagas, in 'Antologia Poética'



13 comentários:

  1. Olá, querida amiga Maria!
    Muito bonito o poema.
    O tempo é precioso e não deve ser desperdiçado ao léu.
    O Dono do Tempo nos pedirá conta do tempo que nos foi dado.
    Tenha dias abençoados!
    Beijinhos

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  2. O tempo, esse grande escultor (Marguerite Youcenar)
    Beijinhos, bfds

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  3. Pois eu tive tempo por minha conta para visitar e conhecer tão bonito blogue. O poema é encantador de ler. Sou uma blogueira nova. Fiquei fã e seguidora
    Bom dia - Feliz sexta feira.

    ilusões e poesia intima
    */*

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  4. Acredito que foi preciso muito tempo para escrever e dar conta de tão belo poema.

    Excelente escolha Maria. Parabéns!

    Beijos e muita saúde e paz para ti e para os teus.

    Furtado

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  5. Uma interessante escolha! Obrigada Amiga!
    .
    Coisas de uma Vida
    .
    Beijos. Boa noite!

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  6. A veces se malgasta el tiempo en cosas vanas y olvidamos lo esencial...Besos.

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  7. Un bonito poema dedicado al tiempo que tal como nos dice en muchas ocasiones mal gastamos el tiempo que mas tarde necesitamos.

    Saludos.

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  8. Tengamos bien en cuenta el tiempo, porque nos pasa sin darnos cuenta. Muy bueno Maria
    Buen fin de semana.
    Un abrazo.

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  9. É tempo de Amar e de contar
    Que o tempo que conta é maior
    Que aquele que falta acrescentar.
    Pois! Contar o tempo é melhor
    Que o que nos resta descontar.

    Bela Poesia que tão bem "conta o tempo".
    Obrigado, Maria por no-la trazeres á frente.


    Beijo
    SOL da Esteva

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