A minha mocidade há muito pus 
No tranquilo convento da tristeza; 
Lá passa dias, noites, sempre presa, 
Olhos fechados, magras mãos em cruz... 
Lá fora, a Noite, Satanás, seduz! 
Desdobra-se em requintes de Beleza... 
E como um beijo ardente a Natureza... 
A minha cela é como um rio de luz... 
Fecha os teus olhos bem! Não vejas nada! 
Empalidece mais! E, resignada, 
Prende os teus braços a uma cruz maior! 
Gela ainda a mortalha que te encerra! 
Enche a boca de cinzas e de terra 
Ó minha mocidade toda em flor! 
Florbela Espanca



Lindíssimo! um beijo,chica
ResponderEliminarMARIA, lindíssima imagem e um dos emocionantes poemas da sofrida Florbela.
ResponderEliminarPaloma
Florbela escreve a alma da mulher.
ResponderEliminarBeijo
Belo soneto de Florbela....
ResponderEliminarBeijo
Maria querida
ResponderEliminarEu e o meu "folha seca" falamos imensas vezes que a mulher nasceu para sofrer.
Florbela transmite-nos o que é realmente a mulher.
Adorei o poema um dos mais emocionantes.
Beijinho muito grande
Minha querida
ResponderEliminarUm poema lindo de Florbela que eu ADORO e uma imagem muito a condizer, como sempre a sensibilidade mora aqui.
Um beijinho com carinho
Rosa
Poema lindíssimo de Florbela Espanca, sempre com sentimentos fortes e cheio de sensibilidade.
ResponderEliminarBeijo
Olinda