Sanfeno-bravo - uma linda planta silvestre

De um dos meus passeios à Ericeira deixo hoje uma bela flor silvestre:

Sanfeno-bravo (Onobrychis humilis)

Esta interessante planta pertence à família Fabaceae e tem como nome científico Onobrychis humilis. É nativa de regiões da Europa e da Ásia, especialmente em áreas de prados secos, solos calcários e encostas ensolaradas.

Onobrychis humilis é uma planta herbácea perene de porte baixo, que atinge geralmente entre 20 a 40 cm de altura. Suas folhas são compostas, pinadas, com pequenos folíolos de formato ovalado. A floração ocorre na primavera e no verão, com inflorescências do tipo racemo, apresentando flores de coloração rosada ou arroxeada, típicas da família das leguminosas. Após a floração, a planta desenvolve vagens contendo pequenas sementes que auxiliam na sua propagação.

Embora seja uma planta silvestre, o Onobrychis humilis pode ser cultivado em solos bem drenados e ricos em calcário. Prefere locais ensolarados e resiste bem a períodos de seca, sendo uma espécie adaptada a climas temperados e mediterrânicos. A sua capacidade de fixar nitrogênio no solo torna-a útil para a recuperação de áreas degradadas e na melhoria da fertilidade do solo. Além disso, atrai polinizadores como abelhas e borboletas, contribuindo para a biodiversidade local.

O cultivo pode ser realizado por sementes, que devem ser semeadas diretamente no solo na primavera ou no outono. Deve evitar-se solos excessivamente húmidos, pois isso pode prejudicar o desenvolvimento da planta. Em condições ideais, o Onobrychis humilis forma densos tapetes vegetais, sendo uma excelente escolha para jardins naturais e pastagens sustentáveis.

Fotos: Pessoais

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Vozes de animais - Poema de Pedro Dinis

Palram pega e papagaio,
E cacareja a galinha;
Os ternos pombos arrulham,
Geme a rola inocentinha.

Muge a vaca, berra o touro,
Grasna a rã, ruge o leão
O gato mia, uiva o lobo,
Também uiva e ladra o cão.

Relincha o nobre cavalo,
Os elefantes dão urros
A tímida ovelha bala,
Zurrar é próprio dos burros.

Regouga a sagaz raposa
(bichinho muito matreiro);
Nos ramos cantam as aves,
Mas pia o mocho agoureiro.

Sabem as aves ligeiras
O canto seu variar;
Fazem gorjeios às vezes,
Às vezes põem-se a chilrar.

O pardal, daninho aos campos,
Não aprendeu a cantar:
Como os ratos e as doninhas
Apenas sabe chiar.

O negro corvo crocita,
Zune o mosquito enfadonho;
A serpente no deserto
Solta assobio medonho.

Chia a lebre, grasna o pato,
Ouvem-se os porcos grunhir;
Libando o suco das flores,
Costuma a abelha zumbir.

Bramem os tigres, as onças,
Pia, pia, o pintainho;
Cucurita e canta o galo,
Late e gane o cachorrinho.

A vitelinha dá berros;
O cordeirinho, balidos;
O macaquinho dá guinchos,
A criancinha vagidos.

A fala foi dada ao homem,
Rei dos outros animais:
Nos versos lidos acima
Se encontram, em pobre rima,
As vozes dos principais.


Pedro Dinis,
Tesouro Poético da Infância,

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A beleza e encanto dos Amores-perfeitos em IA

Os amores-perfeitos florescem como a esperança no jardim da vida, lembrando-nos que a delicadeza tem força para colorir até os dias mais cinzentos.

A beleza e encanto dos Amores-perfeitos em AI

Entre todas as flores, os amores-perfeitos simbolizam que o amor, para ser perfeito, não precisa ser grandioso, apenas verdadeiro.

Criaçoes feitas por mim em AI (Inteligência Artificial) nas plataformas NightCafe e Mage.

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Sorria - Poema de J.G. de Araújo Jorge

Esperava tanta luta
e tão pouco foi preciso:
ao invés da força bruta
ele empregou... um sorriso...

Eis a arte de viver
num conselho dos mais sábios:
às vezes, para vencer
basta um sorriso nos lábios...

Nem tanta coisa é preciso
para evitar-se um revés...
- Tão pouco... basta um sorriso
e eis todo mundo a teus pés…


J.G. de Araújo Jorge

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Ronda – A Cidade Suspensa entre Céus e Penhascos

Conhecendo um pouco mais sobre a fantástica cidade espanhola de ...

Ronda – A Cidade Suspensa entre Céus e Penhascos

No coração da Andaluzia, no sul de Espanha, encontra-se Ronda, uma das cidades mais impressionantes e pitorescas do país. Construída sobre um imenso desfiladeiro, esta cidade parece flutuar entre o céu e a terra, desafiando o tempo com a sua beleza, história e alma apaixonada.

O que torna Ronda verdadeiramente inesquecível é o seu cenário natural único. A cidade está dividida em duas partes pelo profundo desfiladeiro de El Tajo, escavado pelo rio Guadalevín, que corre lá em baixo, entre paredes rochosas vertiginosas. A famosa Puente Nuevo, uma ponte de pedra do século XVIII, liga as duas margens da cidade e oferece vistas absolutamente deslumbrantes — um dos postais mais icónicos de Espanha. Do alto da ponte ou das varandas suspensas, o olhar perde-se entre vales verdejantes, montanhas distantes e o traçado branco da cidade antiga.

Ronda tem raízes que remontam à época romana e foi um importante centro durante a presença mourisca na Península Ibérica. As suas ruas estreitas e labirínticas do barrio árabe guardam vestígios dessa herança islâmica, desde os banhos árabes até às antigas muralhas. Entre os seus monumentos, destaca-se a Plaza de Toros de Ronda, uma das mais antigas e importantes arenas de touros de Espanha, símbolo de uma tradição controversa, mas profundamente enraizada na identidade local. A cidade é também associada a figuras como Ernest Hemingway e Orson Welles, que se deixaram cativar pela sua atmosfera poética e trágica, muitas vezes retratada nas suas obras.

Ronda é uma mistura de elegância e rusticidade. As casas brancas com varandas floridas, as praças tranquilas, os miradouros encantadores e os pequenos cafés convidam ao descanso e à contemplação. Ao caminhar pelas ruas, sente-se uma fusão entre o presente e o passado, entre a natureza imponente e o toque delicado da mão humana.

Fotos: Pessoais

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Sombras - Poema de Presciliana Duarte de Almeida

Sombras das ramas verdes e floridas,
Sombras das ave a voar cantando,
Sombras pelas aragens sacudidas,
Sombras de criancinhas tacteando,
Que sois de tantas vidas luminosas?
Que sois? — Vagas imagens tenebrosas!

Assim como sombras incolores,
Meus versos vão correndo mundo em fora
Sem reflectir a luz de meus amores,
Sem o brilho das lágrimas que chora
meu doido coração, enluarado.
Pela saudosa luz do meu passado!

Que sois, meus pobres versos forasteiros?
— Sombras daqueles que adorei na vida...
Como as sombras também sois passageiros!
Em que memoria encontrareis guarida?
Os que me adoram morrerão comigo,
E olvidada serei no meu jazigo...


Presciliana Duarte de Almeida

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Senécio Angulatus - Uma Versátil e resistente Trepadeira

Dos meus passeios deixo hoje uma planta com lindas flores de cor vibrante:

Senecio Angulatus

O Senécio angulatus, pertence à família Asteraceae, a mesma das margaridas e girassóis. Originário das regiões do sul do continente africano, esta planta trepadeira conquistou diversos cantos do mundo, incluindo Portugal, graças à sua adaptabilidade e beleza.

É uma trepadeira vigorosa, capaz de alcançar vários metros de altura, adquirindo um aspecto exuberante em cercas, muros e treliças. As suas folhas são carnudas, com formato de coração, e possuem uma textura aveludada. A coloração varia entre o verde-escuro e o cinza-azulado. As flores são pequenas e amarelas, reunidas em inflorescências. A floração ocorre durante o verão e outono.

Relativamente fácil de cultivar, prefere locais com boa luminosidade, mas evitando a exposição direta ao sol nas horas mais quentes do dia. Adapta-se a diferentes temperaturas, mas não tolera o frio intenso. Relativamente à rega, esta deve ser moderada, evitando encharcar o solo. O excesso de água pode levar ao apodrecimento das raízes. A poda regular é importante para controlar o crescimento e estimular a formação de novos ramos.

Toxicidade: É importante ressaltar que todas as partes da planta são tóxicas para humanos e animais. A ingestão pode causar diversos problemas de saúde, como vômitos, diarreia e até mesmo danos aos órgãos internos.

O senécio é amplamente utilizado como planta ornamental, devido à sua beleza e facilidade de cultivo. No entanto, é fundamental ter cuidado ao manipulá-lo, especialmente em ambientes com crianças e animais de estimação. Em algumas regiões, o senécio é considerado uma espécie invasora, devido à sua capacidade de se espalhar rapidamente e competir com outras plantas nativas.

Fotos: Pessoais

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Velas - Poema de Maria de Santa Isabel

Lá foram as velas, riscando no vidro
brilhante das águas
mensagens de luz:
legendas de espuma
num adeus de mar largo!
Das asas marinhas salgadas no ar
vinha uma presença de Terra partindo,
além, mundo fora!
em vez dos meus olhos
que, apenas, ao longe,
trouxeram das algas
vestígios de mar…


Maria de Santa Isabel

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Barcos à Vela: Navegar com o Vento da Vida

Divagando o olhar para além do horizonte.

Barcos à Vela: Navegar com o Vento da Vida - criações AI

A vida é como um barco à vela em alto-mar. Não temos controle sobre os ventos, mas podemos ajustar as velas. Às vezes, a brisa sopra suave e nos conduz sem esforço; outras, as tempestades desafiam a nossa resistência, fazendo-nos agarrar o leme com mais força.

Há quem prefira ancorar em portos seguros, temendo o desconhecido. Mas viver é arriscar-se a navegar, confiar que, mesmo sem ver a linha do horizonte, há sempre um destino a alcançar. O segredo não está em lutar contra o vento, mas em aprender a usá-lo a nosso favor, sabendo que cada rajada, por mais forte que seja, traz consigo uma nova direção.

Os navegantes mais experientes sabem que o mar nunca é o mesmo. Ondas inesperadas, correntes traiçoeiras e períodos de calmaria fazem parte da jornada. Assim também acontece conosco: há dias de avanço rápido, outros em que parecemos estagnados, e momentos em que precisamos mudar de rota.

Mas o que realmente importa não é quão longe chegamos, e sim a forma como navegamos. Que possamos ter coragem para içar as velas, paciência para esperar o vento certo e sabedoria para aceitar que, às vezes, é preciso desviar do caminho planejado para encontrar um destino ainda melhor.

Imagens criadas em AI (Inteligência Artificial)

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