02/06/2022

Poema Manhã de Cruz e Sousa




Alta alvorada. — Os últimos nevoeiros
A luz que nasce levemente espalha;
Move-se o bosque, a selva que farfalha
Cheia da vida dos clarões primeiros.

Da passarada os vôos condoreiros,
Os cantos e o ar que as árvores ramalha
Lembram combate, estrídula batalha
De elementos contrários e altaneiros.

Vozes, trinados, vibrações, rumores
Crescem, vão se fundindo aos esplendores
Da luz que jorra de invisível taça.

E como um rei num galeão do Oriente
O sol põe-se a tocar bizarramente
Fanfarras marciais, trompas de caça.


Cruz e Souza


13 comentários:

  1. Bello poema, genial imagen te mando un beso.

    ResponderEliminar
  2. Por aqui a manhã é mais soturna, escura, húmida e chuvosa.
    Beijinhos, bfds

    ResponderEliminar
  3. Não conhecia este poeta. Gostei muito de ler
    .
    Cumprimentos cordiais … um dia feliz
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

    ResponderEliminar
  4. Boa tarde Maria,
    Um belíssimo soneto de um autor que não conhecia.
    Obrigada por partilhar.
    Beijinhos,
    Ailime

    ResponderEliminar
  5. Preciosos versos a la naturaleza.
    Buena noche Maria.
    Un abrazo.

    ResponderEliminar
  6. Es mi opinión, por lo que voy viendo en tus publicaciones, que divagar, divagas poco o nada. Es muy sugerente esta obra: me ha encantado. Un abrazo.

    ResponderEliminar
  7. Um belo poema que não conhecia.
    Abraço saúde e bom fim de semana

    ResponderEliminar
  8. Me gustó mucho el poema. Besos.

    ResponderEliminar
  9. Versando la naturaleza. Muy bonito. Besos

    ResponderEliminar
  10. Mais uma bela escolha poética, que eu não conhecia!
    Beijinhos
    Ana

    ResponderEliminar

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

Topo