21/09/2025

Gato - Poema de Alexandre O'Neill





Que fazes por aqui, ó gato?
Que ambiguidade vens explorar?
Senhor de ti, avanças, cauto,
meio agastado e sempre a disfarçar
o que afinal não tens e eu te empresto,
ó gato, pesadelo lento e lesto,
fofo no pêlo, frio no olhar!

De que obscura força és a morada?
Qual o crime de que foste testemunha?
Que deus te deu a repentina unha
que rubrica esta mão, aquela cara?
Gato, cúmplice de um medo
ainda sem palavras, sem enredos,
quem somos nós, teus donos ou teus servos?


Alexandre O'Neill




17 comentários:

  1. Lindo poema e a imagem é um amor,adorei! Parece o nosso "neto" MAMÃO!
    beijos praianos, chica

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  2. Bom domingo de Paz, querida amiga Maria!
    Os gatinhos nos conquistam. Afinal somos nós os donos ou eles de nós?
    Gostei do poema.
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Beijinhos fraternos

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  3. Nice image and poem. Have a wonderful day.

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  4. Grande poeta, Alexandre O'Neill. Gostei muito do poema.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  5. Awesome poem. Love the visual. Adoring! All the best to a beautiful Autumn🍁🍄🍁💕

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  6. Wonderful poem. Wishing you all the best with your blog and family 💗

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  7. Eu sempre achei que nós é que somos os servos dos gatos...
    Um bom poema do Alexandre O'Neill.
    Boa semana minha querida amiga.
    Beijos.

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  8. Nous sommes les serviteurs de nos chats, il n'y a pas de doute sur ce point.
    Mais des serviteurs tellement amoureux d'eux...
    Bel automne, Maria.
    Bisous.

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  9. Seu poema anda como um gato: discreto, misterioso e cheio de graça.
    Adoro ler você, Maria.
    Boa semana, beijos.
    Véronique

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  10. Lindo poema amo gatos eles são tão fofos, Maria boa semana bjs.

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  11. Un bonito poema a ese felino domestico que sabe reconocer los puntos débiles de su dueño.

    Saludos.

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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