21/08/2023

Poema de Mário Quintana - Recordo ainda ...





Recordo ainda… e nada mais me importa…
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta…
Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança…
Estrada afora após segui… Mas, aí,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui vai:
Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino… acreditai!…
Que envelheceu, um dia, de repente!…


Mario Quintana,
in Nariz de Vidro



18 comentários:

  1. Gostei!! Todos envelhecemos... um dia... de repente.

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  2. Um brinquedo todos os dias - o meu avô materno comigo.
    Só por isso valia a pena ler o poema.
    Bjs, boa semana

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  3. He had grown up before he realized.

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  4. Escolha muito linda,Maria!
    beijos praianos, chica e obrigadão pelo carinho!

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  5. A touching poem, Maria. We are getting old, but at heart we remain children. Hugs.

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  6. Todos envelhecemos de repente... ainda que devagarinho...
    Boa semana, cara amiga Maria.
    Beijinhos.

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  7. Olá Maria!
    Que lindo poema sobre o envelhecimento, o mesmo tema do meu post desta semana! Beijinhos e boa semana!

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  8. Que lindo poema de Quitanda, com reflexão realista e profunda do ciclo natural da vida...
    Beijinhos e FELIZ SEMANA, Maria...

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  9. Como siempre sabes acompañar la poesía con una ilustración que la complementa.

    Saludos.

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  10. Envelhecer é um privilégio.
    Foi ontem o funeral da filha dos meus vizinhos.
    Ainda sem 50 anos.
    Fulminada por um enfarte.
    Bjs

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  11. Los recuerdos afloran de los buenos días de infancia.
    Un abrazo.

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  12. Belíssimo!
    Um retrato de todos nós.

    Beijinhos.

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  13. Boa tarde Maria,
    Um poema belíssimo e realista de Quintana.
    Assim é a lei da vida....
    Envelhecer, quando ainda ontem éramos crianças.
    Beijinhos,
    Ailime

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  14. Quintana, com o seu dom de nos tocar fundo!
    Lindíssima escolha poética! Beijinhos
    Ana

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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