14/10/2020

Tu - Poema de Jorge Guillén




Tu - Poema de Jorge Guillén


Tu, tu, tu, minha incessante
primavera profunda
meu rio de verdor
agudo e aventura!

Tu, janela ao diáfano:
desenlace de aurora,
modelação do dia:
meio-dia em sua rosa,

tranquilidade de lume:
sesta do horizonte,
lumes em luta e coro:
poente contra noite,

constelação do campo,
fabulosa, precisa,
trêmula formosamente,
universal e minha!

Tu mais ainda: tu como
tu, sem palavras toda
singular, desnudez
única, tu, apenas!


Jorge Guillén






8 comentários:

  1. Não há uma música (Pablo Alboran) com este poema?
    Bjs

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  2. Olá Maria,
    Espero que esteja tudo bem consigo.
    Não conhecia este poeta, mas amei este belíssimo poema.
    Obrigada pela partilha, beijinhos!

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  3. Bom dia! Bonito poema que eu não conhecia. Grata por esta excelente partilha. Adoro poesia, adoro sentir o que as palavras não dizem...e que tudo se entende.
    Beijinhos

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  4. "...Tu, janela ao diáfano:
    desenlace de aurora,
    modelação do dia...", que bonito!

    um beijo!

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  5. Um bonito poema de um poeta que não conhecia.
    Abraço e saúde

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  6. Um belo poema do encanto pelas delicadezas da natureza.
    Bonita partilha.
    Bjo amiga

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  7. Un bonito poema del poeta vallisoletano Jorge Guillen.

    Saludos.

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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