
Mar, metade da minha alma é feita de maresia 
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia, 
Que há no vasto clamor da maré cheia, 
Que nunca nenhum bem me satisfez. 
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia 
Mais fortes se levantam outra vez, 
Que após cada queda caminho para a vida, 
Por uma nova ilusão entontecida. 
E se vou dizendo aos astros o meu mal 
É porque também tu revoltado e teatral 
Fazes soar a tua dor pelas alturas. 
E se antes de tudo odeio e fujo 
O que é impuro, profano e sujo, 
É só porque as tuas ondas são puras.
Sophia de Mello Breyner Andresen


Querida amiga, lindo poema falando de mar. Beijocas
ResponderEliminarA foto é belíssima, e o poema ídem!
ResponderEliminarCarinhoso abraço,
Má
Adoro Sophia de Mello Breyner Andresen, tenho todos os seus poemas guardados num blogue pessoal.
ResponderEliminarUma foto apropriada à beleza da poesia.
beijinhos
Gosto muito dos poemas da Sophia e este é um dos meus preferidos.
ResponderEliminarBeijinhos
Tão lindo! e dá uma calma após ler.Parabéns,Maria!
ResponderEliminarBoas energias,que seu dia seja de plena felicidade.
Mari Amorim
Excelente escolha.
ResponderEliminarBeijo.