17/11/2025

0 A linda Catedral de Granada




Divagando o olhar por uma obra-prima da arquitetura renascentista espanhola.

A linda Catedral de Granada





A Catedral de Granada, oficialmente chamada de Santa Iglesia Catedral Metropolitana de la Encarnación de Granada, é um dos monumentos mais importantes da cidade e um símbolo do património cultural espanhol. Este templo católico é um testemunho da rica história da cidade, refletindo a transição do domínio mouro para o reinado cristão.




A catedral foi construída sobre a antiga mesquita principal de Granada, após a Reconquista da cidade pelos Reis Católicos em 1492. A construção começou no início do século XVI, mas levou quase dois séculos para ser concluída, resultando em uma mistura de estilos arquitetônicos, principalmente o renascentista, com influências góticas e barrocas. O arquiteto principal foi Diego de Siloé, que transformou os planos originais góticos em um design renascentista monumental.





A fachada da catedral é imponente, com detalhes ornamentados e esculturas que retratam cenas religiosas. O interior é grandioso, com uma nave central alta e abóbadas intrincadas. A Capela Mayor é um dos destaques, com seu altar-mor ornamentado e vitrais coloridos. A catedral também abriga várias capelas menores, cada uma com sua própria decoração e obras de arte.





Fotos: Pessoais



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15/11/2025

14 Saudade - Poema de João de Deus





Tu és o cálix;
Eu, o orvalho!
Se me não vales,
Eu o que valho?

Eu se em ti caio
E me acolheste
Torno-me um raio
De luz celeste!

Tu és o colo
E acho consolo,
Mimo e regalo:

A folha curva
Que se aljofara,
Não d'agoa turva,
Mas d'agoa clara!

Quando me passa
Essa existencia,
Que é toda graça,
Toda innocencia,

Além da raia
D'este horizonte—
Sem uma faia,
Sem uma fonte;

O passarinho
Não se consome
Mais no seu ninho
De frio e fome,

Se ella se ausenta,
A boa amiga,
Ah! que o sustenta
E que o abriga!

Sinto umas magoas
Que se confundem
Com as que as agoas
Do mar infundem!

E quem um dia
Passou os mares
É que avalia
Esses pezares!

Só quem lá anda
Sem achar onde
Sequer expanda
A dôr que esconde;

Longe do berço,
Morrendo á mingoa,
Paiz diverso...
Diversa lingoa...

Esse é que sabe
O meu tormento,
Mal se me acabe
Aquelle alento!

Ah, nuvem branca
Ah, nuvem d'oiro!
Ninguem me estanca
Amargo choro;

E assim que passes
Mesmo de largo...
Vê n'estas faces
Se há pranto amargo.

Tu és o norte
Que me desvias
De ir dar á morte
Todos os dias;

A larga fita
Que d'alto monte
Cerca e limita
O horizonte!

Tu és a praia
Que eu solicito!
Tu és a raia
D'este infinito!

Se há uma gruta
Onde me esconda
Á força bruta
Que traz a onda;

Á força imensa
D'esta corrente
D'alma que pensa,
Alma que sente;

Se há uma vela,
Se há uma aragem,
Se há uma estrela,
N'esta viagem...

É quem eu amo,
A quem adoro!
E por quem chamo!
E por quem choro!


João de Deus, in "Ramo de Flores"



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12/11/2025

27 A elegante Gaivota - Guincho-comum





Olhares que vieram da Noruega e ainda estavam guardados ...


Gaivota Guincho-comum (Chroicocephalus ridibundus)





A gaivota-de-capuz-escuro Chroicocephalus ridibundus, também conhecida como guincho-comum, pertencente ao género Chroicocephalus e à família Laridae. É uma gaivota pequena facilmente reconhecível pela sua plumagem característica, especialmente durante a época de reprodução. Na primavera, os adultos exibem um capuz escuro na cabeça que, com a luz certa, se revela de cor acastanhada, que contrasta fortemente com o corpo branco e as asas cinzentas claras. Ao contrário da gaivota-de-cabeça-preta, o guincho adulto apresenta a ponta superior das asas preta. No inverno, a cabeça escura desaparece, sendo substituída por um padrão mais esbranquiçado, com uma mancha escura atrás do olho. As patas e o bico são vermelhos, tornando-se mais intensos durante a época de reprodução.




Esta espécie é comum em diversas áreas, incluindo zonas costeiras, lagos, rios e pântanos. A sua distribuição é ampla, abrangendo a Europa, Ásia e partes da África. Estes olhares vieram de um lago no Vigelandsparken em Oslo. É uma espécie também comum em Portugal sobretudo durante o inverno, e pode ser vista em diversas zonas do pais.





São aves sociais, frequentemente encontradas em grandes grupos, especialmente durante a época de reprodução. A sua dieta é variada, incluindo peixes, insetos, vermes e restos de comida. Nidificam em colónias, geralmente em zonas húmidas, como pântanos e margens de lagos. Os ninhos são construídos no chão, onde a fêmea põe geralmente três ovos.





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10/11/2025

17 Rezando a uma Estrela - Poema de Maria de Santa Isabel





Rezando a uma estrela
perdi-me na tarde…
(que o tempo não arde
o meu sonho por ela).
Instantes de seda,
tão leves, rasgados
na lâmina de água
que mal se arrepia
de prata! Poesia
numa labareda
que se tarde esfolha
numa flor de sol
que abriu numa estrela!


Maria de Santa Isabel



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