Já o silêncio não é de oiro: é de cristal;
redoma de cristal este silêncio imposto.
Que lívido museu! Velado, sepulcral.
Ai de quem se atrever a mostrar bem o rosto!
Um hálito de medo embaciando o vidrado
dá-nos um estranho ar de fantasmas ou fetos.
Na silente armadura, e sobre si fechado,
ninguém sonha sequer sonhar sonhos completos.
Tão mal consegue o luar insinuar-se em nós
que a própria voz do mar segue o risco de um disco...
Não cessa de tocar; não cessa a sua voz.
Mas já ninguém pretende exp'rimentar-lhe o risco!
redoma de cristal este silêncio imposto.
Que lívido museu! Velado, sepulcral.
Ai de quem se atrever a mostrar bem o rosto!
Um hálito de medo embaciando o vidrado
dá-nos um estranho ar de fantasmas ou fetos.
Na silente armadura, e sobre si fechado,
ninguém sonha sequer sonhar sonhos completos.
Tão mal consegue o luar insinuar-se em nós
que a própria voz do mar segue o risco de um disco...
Não cessa de tocar; não cessa a sua voz.
Mas já ninguém pretende exp'rimentar-lhe o risco!
Um belo poema de David Mourão-Ferreira.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Que poema espetacular. Um deleite essa leitura
ResponderEliminarUm dia feliz e abençoado
Beijos
Querida amiga, lindo poema. Beijokas
ResponderEliminarÓtimo poema, Maria, abraços.
ResponderEliminarNão conhecia este autor! Gostei imensamente!
ResponderEliminarFeliz páscoa querida!
Belo poema...Espectacular....
ResponderEliminarCumprimentos
Como sempre uma escolha espectacular de mais um grande autor!...
ResponderEliminarBelíssimo!
Beijinhos
Ana