No fim de semana em que fomos ver a
Festa do Japão andámos a passear um pouco por Belém, e uma das nossas paragens foi para visitar a Torre de Belém. Um dos monumentos emblemáticos de Lisboa, foi classificada como Património Mundial pela UNESCO, desde 1983.
A Torre de Belém ou Torre de S. Vicente (em honra de S. Vicente, o Santo Padroeiro de Lisboa), foi construída entre 1514 e 1520, sob o reinado de Manuel I de Portugal, para defesa da barra do Tejo e da cidade de Lisboa. O seu arquitecto foi Francisco de Arruda.
É extraordinária a sua decoração exterior, podemos apreciar cordas e nós esculpidos em pedra, a cruz da
ordem de Cristo e vários elementos naturalistas alusivos às navegações.
Entrámos passando a ponte levadiça ...
A nossa visita começou pelo baluarte, ou casamata, uma sala de forma arredondada, onde em toda a volta se colocavam canhões junto às aberturas que dão para o rio.
Baluarte, sala dos canhões
Descemos umas escadas e fomos dar a umas salas que ficam por baixo do
terraço do baluarte, era o paiol da torre. Têm tecto muito baixo, serviam para guardar a pólvora e os mantimentos. Junto ao paiol existiam as masmorras, locais escuros e húmidos, que a partir das invasões Filipinas, passaram a servir de prisão política.
Voltámos à zona da recepção e subimos as escadas até ao Terraço do Baluarte.
O terraço tem à sua volta seis guaritas, no vértice das faces do polígono, com janelas de vigia e cúpula de gomos, viradas para o Tejo. As ameias estão decoradas com escudos de pedra que têm a cruz de Cristo em relevo.
No Terraço encontra-se o mecanismo da ponte levadiça.
Daqui dá para admirar a belíssima fachada da Torre que está virada para o Tejo. Ao centro, está um parapeito de face virada para o mar com a imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso, também conhecida por Nossa Senhora das Uvas. A imagem da Nossa Senhora destinava-se a desejar boa sorte a todos os que partiam para as descobertas.
Saímos do terraço do baluarte e começamos a subir a Torre. A primeira sala é a Sala do governador, é assim chamada, provavelmente, pelo facto de ter aqui existido, em 1521, um cargo de Governador da Torre de Belém,
desempenhado por Gaspar de Paiva. Nos cantos da sala estão duas passagens bem estreitas que dão acesso às guaridas de Nordeste e Noroeste.
As escadas para os pisos superiores são em caracol e muito estreias, dificilmente passam duas pessoas, por
isso existe um sinalizador luminoso que indica quando podemos subir ou
descer. A Sala dos Reis, é a 2ª sala da Torre, com tecto elíptico e fogão ornamentado.
Através desta sala tem-se acesso a um varandim todo trabalhado com sete arcos. A vista é magnífica.
No terceiro piso encontra-se a Sala das Audiências, era utilizada como sala de reuniões. Junto ás janelas, de um e de outro lado da parede, encontram-se bancos em pedra. Existe também uma lareira. Na parede sul deste compartimento, estão duas janelas com balaustrada.
A Capela, é a 4ª sala da torre. Tem apenas duas janelas altas, sentindo-se um ambiente próprio à oração.
Continuando a subir as escadas vamos finalmente até ao Terraço da Torre. Uma ampla vista aguarda-nos.
A nossa visita estava a terminar, esperámos que o sinal para descer ficasse verde e depois foi descer as escadas.
Texto Explicativo: "wikipedia"; "igespar"; http://www.patrimoniocultural.pt/; "torrebelem";
Fotos: Pessoais