18/10/2025

Alhambra e Generalife – O Esplendor Andaluz em Granada




Divagando o olhar por um local fantástico ....


Alhambra e Generalife – O Esplendor Andaluz em Granada





O Complexo da Alhambra e Generalife, em Granada, é um dos tesouros mais preciosos da Espanha e um dos exemplos mais impressionantes da arquitetura islâmica na Europa. Situado no alto de uma colina com vista para a cidade e a majestosa Sierra Nevada, é um lugar onde arte, história e natureza se entrelaçam numa harmonia sublime.





A Alhambra, cujo nome significa “a vermelha” em árabe, devido ao tom avermelhado das suas muralhas ao pôr do sol, foi construída principalmente entre os séculos XIII e XV pelos Nasridas, a última dinastia muçulmana da Península Ibérica. Trata-se de um extenso complexo que inclui palácios, jardins, pátios e fortalezas, onde o requinte e o detalhe decorativo atingiram o seu auge.





Entre os espaços mais icónicos destacam-se:

🔹 Palácios Nasridas: Com os seus pátios delicadamente ornamentados, arcos em estalactite, azulejos coloridos e inscrições poéticas, são o coração artístico da Alhambra. O Pátio dos Leões, com a sua fonte central rodeada por doze leões de mármore, é talvez o mais famoso.
🔹 Alcazaba: A parte mais antiga da Alhambra, uma fortaleza destinada à defesa militar, que oferece vistas panorâmicas deslumbrantes sobre Granada.
🔹 Palácio de Carlos V: De estilo renascentista, construído após a Reconquista, destacando-se pela sua grandiosidade e pelo contraste com a arquitetura islâmica envolvente.







O Generalife, localizado próximo da Alhambra, era o palácio de verão dos sultões. Os seus jardins exuberantes, com fontes cristalinas, canteiros floridos e caminhos serpenteantes, foram concebidos como um refúgio tranquilo e refrescante, onde o som da água e o perfume das flores criavam um ambiente de paz e contemplação.







Juntos, a Alhambra e o Generalife são um testemunho da grandeza cultural e artística da civilização islâmica na Península Ibérica. Um lugar onde a beleza natural e a engenhosidade humana se unem para criar um cenário mágico e inesquecível.

Fotos: Fotos Pessoais



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16/10/2025

A Avó - Poema de Olavo Bilac




A avó, que tem oitenta anos,
Está tão fraca e velhinha!...
Teve tantos desenganos!
Ficou branquinha, branquinha,
Com os desgostos humanos.

Hoje, na sua cadeira,
Repousa, pálida e fria,
Depois de tanta canseira:
E cochila todo o dia,
E cochila a noite inteira.

Às vezes, porém, o bando
Dos netos invade a sala...
Entram rindo e papagueando:
Este briga, aquele fala,
Aquele dança, pulando...

A velha acorda sorrindo,
E a alegria a transfigura;
Seu rosto fica mais lindo,
Vendo tanta travessura,
E tanto barulho ouvindo.

Chama os netos adorados,
Beija-os, e, tremulamente,
Passa os dedos engelhados,
Lentamente, lentamente,
Por seus cabelos, doirados.

Fica mais moça, e palpita,
E recupera a memória,
Quando um dos netinhos grita:
“Ó vovó! conte uma história!
Conte uma história bonita!”

Então, com frases pausadas,
Conta historias de quimeras,
Em que há palácios de fadas,
E feiticeiras, e feras,
E princesas encantadas...

E os netinhos estremecem,
Os contos acompanhando,
E as travessuras esquecem,
Até que, a fronte inclinando
Sobre o seu colo, adormecem...


Olavo Bilac




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13/10/2025

Suzana-dos-Olhos-Negros – Um Olhar de Cor e Encanto no Jardim




Mais do que uma planta ornamental, elas trazem ao jardim um toque alegre ...

Suzana-dos-olhos-negros



A Suzana-dos-olhos-negros (Thunbergia alata) é uma planta trepadeira graciosa e cheia de charme, muito apreciada pela sua floração vibrante e aspecto delicado. Originária da África tropical, esta planta conquistou jardineiros em todo o mundo com a sua beleza singular e crescimento vigoroso.




O que mais chama atenção são as suas flores pequenas e radiantes, geralmente de cor amarelo-ouro ou laranja intenso, cada uma com um centro escuro – quase preto – que lembra um pequeno olho, dando origem ao nome popular tão poético: Suzana-dos-olhos-negros. Algumas variedades também apresentam flores brancas, creme ou salmão, mas sempre com o “olho” central marcante.

É uma trepadeira de rápido crescimento, ideal para cobrir cercas, pérgolas, grades ou vasos suspensos. Os seus caules finos e flexíveis agarram-se com facilidade, formando um manto de folhas verdes em forma de coração, entremeadas pelas flores que surgem continuamente durante os meses mais quentes.

Fácil de cultivar, a Thunbergia alata prefere sol pleno ou meia-sombra, solo bem drenado e regas regulares, sem encharcar. Pode ser cultivada como anual em climas frios ou como perene em regiões tropicais e subtropicais.




Fots: Pessoais


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11/10/2025

Ficaram-me as Penas - Poema de Cassiano Ricardo




O pássaro fugiu, ficaram-me as penas
da sua asa, nas mãos encantadas.
Mas, que é a vida, afinal? Um voo, apenas.
Uma lembrança e outros pequenos nadas.

Passou o vento mau, entre açucenas,
deixou-me só corolas arrancadas...
Despedem-se de mim glórias terrenas.
Fica-me aos pés a poeira das estradas.

A água correu veloz, fica-me a espuma.
Só o tempo não me deixa coisa alguma
até que da própria alma me despoje!

Desfolhados os últimos segredos,
quero agarrar a vida, que me foge,
vão-se-me as horas pelos vãos dos dedos.


Cassiano Ricardo





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08/10/2025

O Tempo, os Relógios e a dança das Folhas no Outono - Criações AI




O dourado da natureza e as brisas suaves que sussurram entre as árvores, marcam o Outono. Esta é uma estação que nos convida a refletir sobre a passagem do tempo. Nos relógios, as horas seguem o seu curso, mas o que realmente conta são os momentos que ficam gravados na alma.


O Tempo, os Relógios e a dança das Folhas no Outono
Criações em AI





No ciclo das estações, o outono traz a dança das folhas que se desprendem das árvores sem medo. Elas não resistem à mudança, apenas seguem o fluxo, sabendo que o seu papel foi cumprido e que, mais adiante, novas folhas brotarão.





Tal como a natureza, a vida é feita de ciclos, o tempo nos ensina que tudo é passageiro. Os relógios giram sem descanso, marcando cada segundo que passa, indiferentes às nossas alegrias ou tristezas. Há dias em que gostaríamos de atrasar os ponteiros, prolongar um instante feliz, viver eternamente dentro de um abraço. E há momentos de dor em que desejamos que o tempo corra depressa, levando consigo a tristeza e abrindo espaço para novos começos.





O tempo nunca para, escapa por entre os ponteiros dos relógios, silencioso e inevitável, ele segue indiferente às nossas vontades, movendo-se como o vento que não podemos segurar.





O segredo não está em tentar controlar o tempo, mas em aprender a vivê-lo com plenitude, lembrando sempre que nem a alegria pode ser eterna, nem a tristeza dura para sempre. Assim, quando estamos felizes, devemos nos permitir sentir cada segundo, sem medo do futuro. Quando enfrentamos tempos difíceis, precisamos lembrar que tudo passa, que o relógio nunca gira para trás, mas sempre nos conduz a novos dias.





Os relógios podem ditar o ritmo das nossas vidas, mas nunca podemos esquecer que o tempo é um presente, e cabe a nós decidir como usá-lo.




Criações feitas em AI (Inteligência Artificial)



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06/10/2025

A máscara da palavra - Poema de Ana Hatherly





A máscara da palavra
revela-esconde
o rosto vago
de um sentido mundo

Paraíso acidental
metódico exercício
a máscara da palavra
colou-se ao rosto:
agora é
o nosso mais vital artifício

Com a máscara da palavra
reinventamos
o som da voz amada
que nos inunda
com seu luar de espuma


Ana Hatherly,
in "A idade da escrita", 1998




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03/10/2025

Setembro na Praia da Rocha: o encanto da tranquilidade




Este ano fomos pela primeira vez em Setembro para a Praia da Rocha. Sem a agitação típica do período balnear, a praia ganha uma atmosfera serena onde reina apenas o som das ondas e o piar das gaivotas. Nas ruas e restaurantes tudo é mais tranquilo, sem esperas, sem confusão...uma maravilha.

Férias serenas junto ao mar 





Como habitualmente fomos até Portimão. Passeámos pela sua linda zona ribeirinha, fizemos compras e regressámos depois do almoço.









Os dias estiveram fantásticos, com temperaturas super agradáveis, apenas um dia se apresentou com nuvens, mas mesmo assim, soube tão bem passear logo de manhãzinha com o nosso cãozinho "Cuki" 🐶








Algumas das flores que encontrei nas minhas caminhadas.




Ficámos fãs de férias em Setembro na praia.



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02/10/2025

O caçador de borboletas - Poema de Álvaro Magalhães





Sorridente, ao nascer do dia,
ele sai de casa com a sua rede.
Vai caçar borboletas, mas fica preso
à frescura do rio que lhe mata a sede
ou ao encanto das flores do prado.
Vê tanta beleza à sua volta
que esquece a rede em qualquer lado
e antes de caçar já foi caçado.

À noite, regressa a casa cansado
e estranhamente feliz
porque a sua caixa está vazia,
mas diz sempre, suspirando:
Que grande caçada e que belo dia!

Antes de entrar, limpa as botas
num tapete de compridos pêlos
e sacode, distraído,
as muitas borboletas de mil cores
que lhe pousaram nos ombros, nos cabelos.


Álvaro Magalhães,
in "O reino perdido", 2000




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