O Fado nasceu um dia,
quando o vento mal bulia
e o céu o mar prolongava,
na amurada dum veleiro,
no peito dum marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
Ai, que lindeza tamanha,
meu chão , meu monte, meu vale,
de folhas, flores, frutas de oiro,
vê se vês terras de Espanha,
areias de Portugal,
olhar ceguinho de choro.
Na boca dum marinheiro
do frágil barco veleiro,
morrendo a canção magoada,
diz o pungir dos desejos
do lábio a queimar de beijos
que beija o ar, e mais nada,
que beija o ar, e mais nada.
Mãe, adeus. Adeus, Maria.
Guarda bem no teu sentido
que aqui te faço uma jura:
que ou te levo à sacristia,
ou foi Deus que foi servido
dar-me no mar sepultura.
Ora eis que embora outro dia,
quando o vento nem bulia
e o céu o mar prolongava,
à proa de outro velero
velava outro marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
quando o vento mal bulia
e o céu o mar prolongava,
na amurada dum veleiro,
no peito dum marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
Ai, que lindeza tamanha,
meu chão , meu monte, meu vale,
de folhas, flores, frutas de oiro,
vê se vês terras de Espanha,
areias de Portugal,
olhar ceguinho de choro.
Na boca dum marinheiro
do frágil barco veleiro,
morrendo a canção magoada,
diz o pungir dos desejos
do lábio a queimar de beijos
que beija o ar, e mais nada,
que beija o ar, e mais nada.
Mãe, adeus. Adeus, Maria.
Guarda bem no teu sentido
que aqui te faço uma jura:
que ou te levo à sacristia,
ou foi Deus que foi servido
dar-me no mar sepultura.
Ora eis que embora outro dia,
quando o vento nem bulia
e o céu o mar prolongava,
à proa de outro velero
velava outro marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
Um belo poema de José Régio.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Que lindo, triste, mas lindos versos do fado!
ResponderEliminarAmei ler amiga Maria, ah, a imagem é lindíssima!
Abraços apertados!
Maria Rodrigues,parabéns pelas imagens que você coloca em suas publicações.
ResponderEliminarO encaixe dessa imagem e as palavras desse poema ficaram demais.
Amei.
Bjs-Carmen Lúcia.
Onde estiver o fado português, eu marco presença, ainda sou marinheiro caminhamos de mãos dadas!
ResponderEliminarLindo..Divino!!
ResponderEliminarBeijo e uma excelente quinta-feira.
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Maria, bonito poema sobre o fado!
ResponderEliminarMúsica cantada com o coração melancólico...
Meu abraço nesta quinta-feira.
Bom dia amiga Maria estou feliz por novamente poder vir e ler seu posts lindos adoro fados e suas histórias encantadoras deixo meu carinho e abraço bjs marlene
ResponderEliminarUm poema maravilhoso de José Régio, que associamos de imediato à voz de Amália que o cantou...
ResponderEliminarBeijos.
Boa noite amiga!
ResponderEliminarQue belo poema... Amei!
Obrigada pela visita
Beijos... Fátima.
Que lindo Maria, triste sim, mas encontro na tristeza dos versos, da música, os sentimentos mais verdadeiros. É algo que brota lá do fundo da alma.
ResponderEliminarBeijos, querida.
Oi Maria,
ResponderEliminarmaravilhoso poema e uma sexta feira linda e abençoada.
Bjs
Tânia Camargo