23/05/2017

Canoas do Tejo




Canoa de vela erguida,
Que vens do Cais da Ribeira,
Gaivota, que andas perdida,
Sem encontrar companheira

O vento sopra nas fragas,
O Sol parece um morango,
E o Tejo baila com as vagas
A ensaiar um fandango

Canoa,
Conheces bem
Quando há norte pela proa,
Quantas docas tem Lisboa,
E as muralhas que ela tem

Canoa,
Por onde vais?
Se algum barco te abalroa,
Nunca mais voltas ao cais,
Nunca, nunca, nunca mais

Canoa de vela panda,
Que vens da boca da barra,
E trazes na aragem branda
Gemidos de uma guitarra

Teu arrais prendeu a vela,
E se adormeceu, deixa-lo
Agora muita cautela,
Não vá o mar acordá-lo



Autor da Letra: Carlos do Carmo


10 comentários:

  1. Ah, que lindo!
    Amei, amei!... Vontade de conhecer o Tejo!

    Beijos, boa semana! =)

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  2. Una letra preciosa para tan bello poema.
    Un abrazo, Maria.

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  3. Não só eu que Gosto muito desta canção mas também muitos Lusos
    Abraço

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  4. Gosto tanto desta musica!!
    Bela escolha de poema. Amei. Obrigada pela partilha

    beijinhos

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  5. Em março, andei pelo cais da Ribeira, de barco
    e conheci Bélém ,
    lindas imagens, escelente música
    um privilégio por ver tao lindas paisagens
    bjs

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  6. Um poema esplêndido que nos envolve e nos faz voar na imaginação do poeta
    Um dia iluminado e feliz
    Beijos

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  7. Oi Maria!

    Lindo poema e linda música! Amei!

    Abraços, Iris

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  8. Querida Maria, suas postagens sempre me encantam, gostei demais e agradeço a linda partilha.
    beijinhos, Léah

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  9. O poema é lindíssimo! Cantada por uma grande voz Carlos do Carmo.
    Beijinhos

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  10. Um poema fabuloso e fabulosamente bem interpretado pelo Carlos do Carmo.
    Há poemas e cantores eternos.

    Excelente escolha

    Bjgrande do Lago

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