Suavemente grande avança
Cheia de sol a onda do mar;
Pausadamente se balança,
E desce como a descansar.
Tão lenta e longa que parece
De uma criança de Titã
O glauco seio que adormece,
Arfando à brisa da manhã.
Parece ser um ente apenas
Este correr da onda do mar
Como uma cobra que em serenas
Dobras se alongue a colear.
Unido e vasto e interminável
No são sossego azul do sol,
Arfa com um mover-se estável
O oceano ébrio de arrebol.
E a minha sensação é nula,
Quer de prazer, quer de pesar...
Ébria. de alheia a mim ondula
Na onda lúcida do mar.
Fernando
Pessoa
Sempre um privilégio ler Fernando Pessoa.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
Desconhecia este poema de Pessoa.
ResponderEliminarBeijinhos de bom fim de semana, amiga
Passei para lhe desejar um lindo final de semana e agradecer o carinho.
ResponderEliminarBjs
Tânia Camargo
Boa tarde querida!
ResponderEliminarVim agradecer a visita e te desejar um lindo fim de semana.
Beijos... Fátima.
Não conhecia mas gostei...bj
ResponderEliminarPassei para a encontrar por aqui
ResponderEliminare gostei do que vi
Dia feliz
Maria Luísa
Brilhante escolha... e poema!...
ResponderEliminarComo sempre uma partilha excepcional!...
Bjs
Ana