Vinha
caindo a tarde. Era um poente de agosto.
A sombra já enoitava as moitas. A humidade
Aveludava o musgo. E tanta suavidade
Havia, de fazer chorar nesse sol-posto.
A viração do oceano acariciava o rosto
Como incorpóreas mãos. Fosse mágoa ou saudade,
Tu olhavas, sem ver, os vales e a cidade.
— Foi então que senti sorrir o meu desgosto...
Ao fundo o mar batia a crista dos escolhos...
Depois o céu... e mar e céus azuis: dir-se-ia
Prolongarem a cor ingênua de teus olhos...
A paisagem ficou espiritualizada.
Tinha adquirido uma alma. E uma nova poesia
Desceu do céu, subiu do mar, cantou na estrada...
A sombra já enoitava as moitas. A humidade
Aveludava o musgo. E tanta suavidade
Havia, de fazer chorar nesse sol-posto.
A viração do oceano acariciava o rosto
Como incorpóreas mãos. Fosse mágoa ou saudade,
Tu olhavas, sem ver, os vales e a cidade.
— Foi então que senti sorrir o meu desgosto...
Ao fundo o mar batia a crista dos escolhos...
Depois o céu... e mar e céus azuis: dir-se-ia
Prolongarem a cor ingênua de teus olhos...
A paisagem ficou espiritualizada.
Tinha adquirido uma alma. E uma nova poesia
Desceu do céu, subiu do mar, cantou na estrada...
Fantástico, maravilhoso. Boa escolha. Adorei.
ResponderEliminarExcelente semana. Beijo
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Um belo poema, gostei.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Ler Manuel Bandeira é sempre um privilégio. Obrigada por publicá-lo aqui.
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.
Os poemas de Manuel Bandeira são sempre de grande beleza.
ResponderEliminarTenha uma boa semana.
Como vai amiga?
ResponderEliminarAmo vim aqui e ler seus Posts.
Obrigada pela visita.
Beijos... Fátima.
Gosto imenso de sonetos.
ResponderEliminarEsse sol-posto, que termo!
Beleza nas estrofas.
Muchos besos