Há certas almas
como as borboletas,
cuja fragilidade de asas
não resiste ao mais leve contacto,
que deixam ficar pedaços
pelos dedos que as tocam.
como as borboletas,
cuja fragilidade de asas
não resiste ao mais leve contacto,
que deixam ficar pedaços
pelos dedos que as tocam.
Em seu voo de ideal,
deslumbram olhos,
atraem as vistas:
perseguem-nas,
alcançam-nas,
detêm-nas,
mas, quase sempre,
por saciedade
ou piedade,
libertam-nas outra vez.
deslumbram olhos,
atraem as vistas:
perseguem-nas,
alcançam-nas,
detêm-nas,
mas, quase sempre,
por saciedade
ou piedade,
libertam-nas outra vez.
Ela, porém, não voam como dantes,
ficam vazias de si mesmas,
cheias de desalento...
ficam vazias de si mesmas,
cheias de desalento...
Almas e borboletas,
não fosse a tentação das coisas rasas;
- o amor de néctar,
- o néctar do amor,
e pairaríamos nos cimos
seduzindo do alto,
admirando de longe!...
não fosse a tentação das coisas rasas;
- o amor de néctar,
- o néctar do amor,
e pairaríamos nos cimos
seduzindo do alto,
admirando de longe!...
Gilka Machado
Belíssimo revelador de toda a leveza de uma alma nobre,beijinhos
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