Senhor,
fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura,
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.
Cora Coralina
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura,
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.
Cora Coralina
Que lindo a Cora por aqui.
ResponderEliminarEla era toda doçura e fazia poesia como oração inspirada pelos becos da Goiás Velho.
Vale sempre ler e reler Cora.
Bela partilha Maria.
Bjs.
Vim avisar que levei essa poesia daqui como semente lá naquele meu canteiro ! Espero gostes! Podes ver aqui:
ResponderEliminarhttp://canteiroqueunesementes.blogspot.com.br/2016/09/59-semente-vem-da-maria-rodrigues.html
beijos, chica
Minha amiga obrigado pelo seu carinho sempre presente, fiquei muito feliz por ter levado este belíssimo poema como sementinha para o seu canteiro.
EliminarBeijinhos
Maria
Palavras de uma extrema sensibilidade de Cora... que tanto aprecio... e que terei o prazer de reapreciar num dos blogues da Chica!...
ResponderEliminarBeijos para ambas!
Ana