Vamos abrir as janelas ao
vento salgado do mar.
Chega o verão, vagarosa nau,
de um tremulo horizonte,
com seu andar de floresta e
seus odores enevoados
de resinas espessas e
tormentas no alto da tarde.
Nuvens de cupins jorram da
sombra, girando em cegueira.
Asas sem peso chovem o
arco-íris, semeiam nácar pelos meus dedos.
Oh, por que serão feitas
estas mínimas vidas
com tanta perfeição para
instantâneas se desfazerem?
Vamos fechar as janelas
sobre a noite, com seu vento de fogo.
Aqui vêm, despojados, os
cupins pelas mesas,
arrastando-se por entre as
próprias asas caídas.
Aqui vêm, num cortejo de
desvalidos, de sentenciados...
Oh, dizei-me, dizei-me, que
anjos, que santos, que potencias
se ocupam desse silencio
movediço, do apressado
itinerário dos moribundos
frágeis que passam!
Olá querida Maria!
ResponderEliminarLetras bonitas sobre o verão!
Desejo-lhe um verão quente cheio de alegria!
Eu te abraçar carinhosamente e obrigado pela visita!
Pura maravilha... é apenas o que se me ocorre dizer...
ResponderEliminarBeijinhos
Ana