Os pássaros, que dormiam
Nas árvores orvalhadas,
Já a alvorada anunciam
No silêncio das estradas.
As estrelas, apagando
A luz com que resplandecem,
Vão tímidas vacilando
Até que desaparecem.
Deste lado do horizonte,
Numa névoa luminosa,
O céu, por cima do monte,
Fica todo cor-de-rosa;
Daí a pouco, inflamado
Numa claridade intensa,
Se desdobra avermelhado,
Como uma fogueira imensa.
Os galos, batendo as asas,
Madrugadores, já cantam;
Já há barulho nas casas,
Já os homens se levantam,
O lavrador pega a enxada,
Mugem os bois à porfia;
— É a hora da madrugada
Saudai o nascer do dia!
Olavo Bilac
In Poesias Infantis (2ª Ed.), 1929
Nas árvores orvalhadas,
Já a alvorada anunciam
No silêncio das estradas.
As estrelas, apagando
A luz com que resplandecem,
Vão tímidas vacilando
Até que desaparecem.
Deste lado do horizonte,
Numa névoa luminosa,
O céu, por cima do monte,
Fica todo cor-de-rosa;
Daí a pouco, inflamado
Numa claridade intensa,
Se desdobra avermelhado,
Como uma fogueira imensa.
Os galos, batendo as asas,
Madrugadores, já cantam;
Já há barulho nas casas,
Já os homens se levantam,
O lavrador pega a enxada,
Mugem os bois à porfia;
— É a hora da madrugada
Saudai o nascer do dia!
Olavo Bilac
In Poesias Infantis (2ª Ed.), 1929
Um belo poema de Olavo Bilac, este poeta tem um busto na minha cidade Setúbal.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Bom dia
ResponderEliminarSem duvida, maravilhoso!
Beijinhos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Lindos versos.
ResponderEliminarBjs
Maria, até 1960, me foi bem familiar o cenário bucólico que Olavo Bilac, traço no belo poema.
ResponderEliminarBeijinhos
Que imagem linda, trouxe uma certa paz cotidiana de tempos passados, onde não havia tanta correria, tanta busca inútil por sucessos exteriores, quando antes, se cultivava a vida por si só. LINDO. ADOREI! Doce poema. bjs.
ResponderEliminarÉ um poema lindo... Quando o li, foi como estivesse vendo esse lindo amanhecer, descrito por Bilac.
ResponderEliminarAdorei, bjs!