Lembro o pudor da paisagem
e a fanfarra de perfumes
que o claro clarim dos lírios
abria nas madrugadas.
Lembro o susto dos insetos
na castidade das águas,
e as asas do pó fugindo
atrás da luz desnudada.
Lembro a fala dos caminhos
ao longo dos passos cegos,
e os ventos enovelados
na cabeleira das nuvens.
Lembro o bulício da palha
quando pisavas a tarde,
os olhos cheios de folhas
e as mãos repletas de ninhos.
Lembro a noite dos meus olhos
sem luas no seu silêncio,
quando ficavas na sombra
e a sombra ficava estrela.
Lembro a palavra parada
na flor adiada da boca,
e lembro o beijo retido
ao gesto alado de adeuses.
e a fanfarra de perfumes
que o claro clarim dos lírios
abria nas madrugadas.
Lembro o susto dos insetos
na castidade das águas,
e as asas do pó fugindo
atrás da luz desnudada.
Lembro a fala dos caminhos
ao longo dos passos cegos,
e os ventos enovelados
na cabeleira das nuvens.
Lembro o bulício da palha
quando pisavas a tarde,
os olhos cheios de folhas
e as mãos repletas de ninhos.
Lembro a noite dos meus olhos
sem luas no seu silêncio,
quando ficavas na sombra
e a sombra ficava estrela.
Lembro a palavra parada
na flor adiada da boca,
e lembro o beijo retido
ao gesto alado de adeuses.
Guilherme de Almeida
Maravilhoso!
ResponderEliminarQue bonito!!
ResponderEliminarBeijo e um bom dia
Um belo poema!
ResponderEliminarBjs
Não conhecia, mas gostei muito!
ResponderEliminarBeijinho Maria
Mais uma maravilhosa descoberta poética... que adorei ler!...
ResponderEliminarNão conhecia o autor!...
Beijinhos
Ana