Se às vezes digo que as flores sorriem
E se eu disser que os rios cantam,
Não é porque eu julgue que há sorrisos nas flores
E cantos no correr dos rios...
É porque assim faço mais sentir aos homens falsos
A existência verdadeiramente real das flores e dos rios.
Porque escrevo para eles me lerem sacrifico-me às vezes
À sua estupidez de sentidos...
Não concordo comigo mas absolvo-me,
Porque só sou essa cousa séria, um intérprete da Natureza,
Porque há homens que não percebem a sua linguagem,
Por ela não ser linguagem nenhuma.
E se eu disser que os rios cantam,
Não é porque eu julgue que há sorrisos nas flores
E cantos no correr dos rios...
É porque assim faço mais sentir aos homens falsos
A existência verdadeiramente real das flores e dos rios.
Porque escrevo para eles me lerem sacrifico-me às vezes
À sua estupidez de sentidos...
Não concordo comigo mas absolvo-me,
Porque só sou essa cousa séria, um intérprete da Natureza,
Porque há homens que não percebem a sua linguagem,
Por ela não ser linguagem nenhuma.
Um poema encantador!
ResponderEliminarBjs
Inconfundível, Alberto Caeiro...
ResponderEliminarBeijos.
Realmente basta a linguagem do olhar...bj
ResponderEliminarAs telas são fantásticas dentro de uma corrente realista. Caeiro, como se sabe - o Mestre.
ResponderEliminarBeijo
Lídia
Muito lindo.
ResponderEliminarUma boa semana Maria.
Meu abraço de paz e luz amiga.
Bjs
Um encanto, uma boa semana! bjsss
ResponderEliminar