16/04/2016

Soneto do silêncio - Poema de Alphonsus de Guimaraens Filho




Fantástico silêncio! Nele existe
um clarão momentâneo: e tudo dorme.
Ai! que a noite irreal, cega e disforme,
ainda o faz mais pungente e amargo e triste!

Fantástico silêncio moribundo
aos meus olhos aceso como velas
que iluminassem becos e vielas
pelas cidades pálidas do mundo...

Lá o vejo pender, fruto caído,
lá o vejo soprar contra muralhas
e recobrir — silêncio envelhecido —

o que a noite ocultou, e está perdido...
Lá o vejo oscilar nas cordoalhas
de algum veleiro desaparecido.

Alphonsus de Guimaraens Filho






8 comentários:

  1. Un buen relato así es la ciudad se ven puras luces y edificios lo demás pura imaginación.

    Abrazos feliz fin de semana.

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  2. Oi maria,
    O poema é belíssimo. Não conhecia.
    Bjs

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  3. Muito bonito. Não conhecia.
    Obrigado pela partilha.
    Abraço e bom fim de semana

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  4. Quando o mundo se agita, faz bem um pouco de silêncio, gostei do poema!
    Bom fim de semana.

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  5. Lindo poema !!!!
    Bjs e bom fim de semana !
    Anna

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  6. Olá Maria
    O silencio nem sempre é mau, porque quem sabe ouvir o silêncio...sabe ouir tudo.:-)))
    Beijinho grande e bom fim de Semana
    Teresa

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  7. Belíssimo soneto, de um poeta para mim desconhecido.
    Obrigada pela partilha, Maria.
    Bom fim de semana.
    xx

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  8. Gostei da postagem, é um lindo poema que não conhecia.
    As vezes o silêncio é amedrontante, depende do que vai em nossa alma naquele momento.
    Beijinhos, Léah

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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