Meu desejo? era ser a luva branca
Que essa tua gentil mãozinha aperta:
A camélia que murcha no teu seio,
O anjo que por te ver do céu
deserta....
Meu desejo? era ser o sapatinho
Que teu mimoso pé no baile
encerra....
A esperança que sonhas no futuro,
As saudades que tens aqui na
terra....
Meu desejo? era ser o cortinado
Que não conta os mistérios do teu
leito;
Era de teu colar de negra seda
Ser a cruz com que dormes sobre o
peito.
Meu desejo? era ser o teu espelho
Que mais bela te vê quando deslaças
Do baile as roupas de escomilha e
flores
E mira-te amoroso as nuas graças!
Meu desejo? era ser desse teu leito
De cambraia o lençol, o travesseiro
Com que velas o seio, onde repousas,
Solto o cabelo, o rosto
feiticeiro....
Meu desejo? era ser a voz da terra
Que da estrela do céu ouvisse amor!
Ser o amante que sonhas, que desejas
Nas cismas encantadas de langor!
Muito belo. Muito apaixonado estaria o poeta, para tão belo poema ter escrito.
ResponderEliminarUm abraço
Bom dia
ResponderEliminarMaravilhoso poema aqui deixado! Amei
Beijinhos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Um belo poema de Alvares de Azevedo.
ResponderEliminarGostei.
Um abraço e continuação de uma boa semana.
Lindo,adorei.
ResponderEliminarUm poema bem delicado de Alvares de Azevedo.
Bjs Maria e um ótimo dia.
Carmen Lúcia
Mais uma soberba escolha... de palavras tocantes!
ResponderEliminarAdorei, Maria! Puro bom gosto!
Bjs
Ana