26/09/2015

Azul




Adivinhei-te
através da verdura azul,
colhendo as flores
que iam abrir na próxima primavera.

Eu era o andarilho sem cansaço,
os bolsos cheios de tesoiros desprezados:
os seixos
que as águas modelaram durante milhões de anos,
as asas
que as borboletas entregaram aos ventos,
as sementes
que entram pelas janelas dos comboios e querem
dialogar connosco…

(Um raio de sol
acariciava a tua face
através da verdura azul!...)


Saúl Dias


2 comentários:

  1. Bom dia Maria Rodrigues

    Parabéns pelo excelente poema que nos trouxe hoje!! Amei


    Beijo e um excelente sábado
    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  2. Uma cor que eu adoro... a cor dos dias... do recomeço...
    Mais uma escolha de notável bom gosto... em palavras e imagem...
    Beijinhos
    Ana

    ResponderEliminar

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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