11/03/2014

Soneto do Desmantelo Azul - Poema de Carlos Pena Filho



Então, pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori, as minhas mãos e as tuas. 


Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas. 


E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul  também cansaço. 


E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.


Carlos Pena Filho




6 comentários:

  1. Poema lindo em azul!Adorei! bjs, ótima semana,chica

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  2. Boa noite Maria, que poema lindo! Desejo que a sua vida continue assim muito azul! Um beijinho. Ailime

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  3. Que poema lindo! acho que hoje vou ter sonhos desse azul bonito...assim espero.
    Bjs

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  4. Olá amiga,vim retribuir sua carinhosa visita ao meu cantinho.
    Fiquei feliz com sua doce presença!!! Obrigada!!!
    Beijos Marie.

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  5. Bom dia

    Poema maravilhoso..mas gosto mais do...vermelho

    Fique feliz ... abraço
    **************************
    http://pensamentosedevaneiosdoaguialivre.blogspot.pt/

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  6. E mesmo quando o cinza e o preto teimam em dominar os espaços e principalmente o nosso espaço interior, peguemos no tinta e no pincel e o azul espalhemos por todo o lado; sobrará? será esbanjamento? Não importa...o azul na alma e no coração nunca é demais.Serenidade é o que me dá o azul claro dos céus o azul do mar calmo beijando a areia. Lindo, amiga. Um beijinho.
    Emília

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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