05/07/2019

Rio - Poema de Jorge Guillén




Como vai serena a água!
Unifica silêncios.
À deriva, espadas
de cristal afiam, lenta
espera, seus gumes...
O mar precisa delas.
Porém, uma frescura errante
dispersa vozes apaixonadas
por todo o rio.
Elas pedem, juram, recitam.
Pulsação da correnteza!
Como bate! Delira!
Sob as águas singram
céus íntimos.
A corola do ar profundo
ilumina-se.
As vozes seguem ainda
mais apaixonadas. Vão ansiosas.
Eu queria, eu queria...
Todo o rio suspira.


Jorge Guillén




15 comentários:

  1. Un sentir al agua...a lo que nos permite seguir viviendo aún...

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  2. Cristalino e puro!Alma perfeita que ecoa do fundo do seu ser!

    Bravo!
    Isaias

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  3. Querida Maria

    Um poema muito belo de um poeta que não conhecia.

    Muito obrigada, amiga.

    Bj

    Olinda

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  4. Fotos lindas com,um poema mt bonito gostei mt bjs

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  5. Quien sabe si se lo dedica al Pisuerga o el Duero. Lo digo por nacimiento ya que era vallisoletano.

    Saludos.

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  6. beautiful poem and beautiful pictures
    Ilona

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  7. A natureza sempre tão bela.
    Bom fim de semana.
    bjs

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  8. Obra Poética de excelência e muito bem aprimorada com a imagem.


    Beijo
    SOL

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  9. um poema agradável para citar
    beijo

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  10. Belissimo poema.Como o amor o rio percorre silêncios e risos , pedras e e mananciais.

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  11. Lindo!
    Peço desculpa por fazer a visita com mensagem copypast, mas não me tem sido permitido fazer melhor...Não obstante, desejo-vos um excelente fim de semana.
    Beijos
    VIDA

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  12. Um dos grandes poetas desta terra.
    Excelente eleição.
    Um grande abraço, querida amiga, para uma boa semana.

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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