21/07/2017

Contemplação - Poema de Alvina Nunes Tzovenos





Eis que passa o vento e depois vem a chuva
desenhando arabescos de vales e montanhas
sobre terra molhada de lágrima e suor.

Ela é deusa de chinelos velhos
a pisar conchas doiradas de ilusões
reflexos de sonhos.

E num riso doido ela não cerra suas pálpebras
torna a pingar lentamente como música
cigarra falando baixinho ou
conchas sussurrando mar.

E no seu andar de garça preguiçosa
continua a tilintar em meus ouvidos
num zum-zum de insetos
tão discretos.

E a cair e a cair
desprende seus braços húmidos
como sal de praia
a tocar meus olhos também húmidos.


Alvina Nunes Tzovenos
Palavras ao Tempo




8 comentários:

  1. Lindíssimo poema! Até imaginei-me,andando na praia e apanhando colchas.Bom fim de semana amiga,beijinhos

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  2. Que bonito poema! Obrigada pela partilha.

    Beijos
    Bom fim de semana

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  3. Beleza de poema escolheste,Maria! bjs praianos, lindo fds! chica

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  4. Boa tarde, não conhecia a poeta Alvina Nunes, gostei de ler o seu poema.
    Feliz fim de semana,
    AG

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  5. Belíssima contemplação, não conhecia a autora, gostei de conhecer.
    Abraços
    PS: Te enviei e-mail.

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  6. Maravilhoso poema, passa amor e suavidade, lindo demais!!
    Um bom final de semana!!

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  7. Um poema belíssimo, de mais uma autora, que desconhecia por completo!...
    Gostei imenso! Beijinhos
    Ana

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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