O poema me levará no tempo
Quando eu já não for eu
E passarei sozinha
Entre as mãos de quem lê
O poema alguém o dirá
Às searas
Sua passagem se confundirá
Com o rumor do mar com o passar do vento
O poema habitará
O espaço mais concreto e mais atento
No ar claro nas tardes transparentes
Suas sílabas redondas
(Ó antigas ó longas
Eternas tardes lisas)
Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas
E entre quatro paredes densas
De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema no tempo
|
22/06/2014
O Poema - Sophia de Mello Breyner Andresen
Posted by
Maria Rodrigues
at
6/22/2014
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Labels:
Poemas
Obrigado pela sua visita!
6 comentários:
“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).
Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.
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Maravilha de poema! uma semana linda! bjs,chica
ResponderEliminarbelíssimo...
ResponderEliminardeixo beijos para uma linda semana.
Sophia dos meus encantos! boa escolha Maria
ResponderEliminarBeijinhos
Um belo poema. Como aliás todos os que a poetisa escreveu. A poetisa sabia, que o tempo tudo leva e tudo trás. E se a autora se foi, ela volta em cada poema, em cada sentimento que ele nos desperta.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
Mais um belissimo poema de Sophia.
ResponderEliminarBoa semana Maria
beijinho e uma flor
Boa tarde Maria, como vai amiga? Adoro Sophia! Poema lindíssimo! Um beijinho e excelente semana!
ResponderEliminarAilime