02/05/2014

O tempo acaba o ano, o mês e a hora - Poema de Luis Vaz de camões



O tempo acaba o ano, o mês e a hora,
a força, a arte, a manha, a fortaleza;
O tempo acaba a fama e a riqueza,
O tempo o mesmo tempo de si chora;


O tempo busca e acaba o onde mora
Qualquer ingratidão, qualquer dureza,
Mas não pode acabar minha tristeza,
Enquanto não quiserdes vós, Senhora.


O tempo o claro dia torna escuro
E o mais ledo prazer em choro triste;
O tempo, a tempestade em grão bonança;


Mas de abrandar o tempo estou seguro
O peito de diamante, onde consiste
a pena e o prazer desta esperança.


Luis Vaz de Camões



6 comentários:

  1. Poema lindo! Que teu fim de semana seja lindo e MAIO igualmente! beijos,chica

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  2. Oi Maria,
    Simplesmente maravilhoso
    Um bom fim de semana
    Beijos
    Lua Singular

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  3. Oi Maria
    Camões deixou um legado importante para a literatura portuguesa .Sempre perfeito.
    E atualmente o tempo _ é o tema mais em voga _ sempre correndo demais!
    deixo abraços e bom final de semana

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  4. Tempo não existe ~existe apenas a profundidade ou a singularidade ligeira de o sentir.
    Beijo, Maria.

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  5. Olá, Maria!
    Um elegíaco soneto de Camões em que a esperança é o mote final.
    Um bom domingo [Dia da Mãe] para si.
    Jorge

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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