Teus olhos entristecem
Nem ouves o que digo.
Dormem, sonham esquecem...
Não me ouves, e prossigo.
Digo o que já, de triste,
Te disse tanta vez...
Creio que nunca o ouviste
De tão tua que és.
Olhas-me de repente
De um distante impreciso
Com um olhar ausente.
Começas um sorriso.
Continuo a falar.
Continuas ouvindo
O que estás a pensar,
Já quase não sorrindo.
Até que neste ocioso
Sumir da tarde fútil,
Se esfolha silencioso
O teu sorriso inútil.
Fernando Pessoa
Olá Maria:
ResponderEliminarQuem sou eu para interpretar tão grande poeta,
esses seres que conseguem falar de suas dores e de seus amores, e nos colocam em seus lugares, pois nos emocionam e sofremos como eles, as vezes sem mesmo termos motivos reais só nossos para sofrer.
Lindas imagens e maravilhoso o poema.
beijos, Léah
Muito lindo esse poema!!Adorei! beijos,lindo dia! chica
ResponderEliminarUm dos belos poemas do nosso poeta MAIOR. Que me perdoem os Camoístas, mas para mim não há poeta na nossa literatura quye se compare a Pessoa.
ResponderEliminarUm abraço
ResponderEliminarOlá, Maria
Muito bom encontrar aqui Fernando Pessoa, cujo talento nos emociona.
Bj
Olinda
Para ler e reler. Este poema é belíssimo!
ResponderEliminarBom fim de semana, Maria.
Beijo
Sónia
A vida, muitas vezes, escapa-se-nos por entre os dedos...
ResponderEliminarPalavras do poeta para Ofélia?
Beijo :)