28/09/2013

Talvez - Poema Pablo Neruda




Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...


Pablo Neruda 



8 comentários:

  1. Belissima como tudo que ele escreve...Parabéns

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  2. PRECIOSOS VERSOS.
    SALUDOS ABRAZOS Y FEKIZ FIN DE SEMANA

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  3. Poema intrigante este, de Pablo Neruda.
    Mas ressalta uma coisa muito importante: dois seres num só, num almejado sonho de Amor.

    Bom fim de semana, querida Maria.

    Bj

    Olinda

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  4. Falar de amor com Neruda, só mesmo Neruda, poema que emociona.
    Parabéns pela escolha.
    beijos,
    Léah

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  5. Querida que coisa mais linda! Neruda tece poemas de amor como ninguém.Adorei! Bjs Eloah

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  6. Olá Maria bom dia!
    Neruda é de facto a escolha perfeita para quem ama o amor....
    Beijos amiga
    anacosta

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  7. Que bela escolha! As palavras de Neruda penetram na alma e despertam a sensibilidade. Bjs.

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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