Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no Outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera , amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Já é o terceiro post que encontro, redirecionadp ao sorriso!!!...Pois eu já estou sorrindo...
ResponderEliminarBeijo
Maria, uma poesia encantadora! A imagem, sem comentários...
ResponderEliminarUm presente que você nos dá.
Beijos, um lindo dia!
Esse poema é muito bonito.
ResponderEliminarbeijooo.
O sorriso vai sendo cada vez mais preciso!
ResponderEliminarBeijinhos risonhos ;-)
Maravilhoso este poema de Pablo Neruda...Sorrir é preciso, numa altura em que o roste se apresenta cheio de nuvens...
ResponderEliminarBeijo
Graça
Minha querida
ResponderEliminarUm poema lindo e muito leve, para entrar nos corações.
Adorei as imagens também, complementa.
Deixo o meu carinho e um beijinho
Sonhadora
Gosto destes tons lilás rsrsrsr.
ResponderEliminarNa zona onde resido há vários monumentos a Pablo Neruda, poeta que adoro.
Bjs