18/01/2012

16 Cerâmica Majólica


Maiólica ou majólica é o nome dado à faiança italiana do Renascimento, inspirada a princípio na tradição hispano-mourisca.




Os exemplos mais antigos desta arte datam do século IX em Bagdá. Por volta do século XI esta forma de arte floresceu e ceramistas islâmicos produziam peças ricamente decoradas. Tal como os comerciantes viajavam, também a cerâmica viajou através do norte da África, passando pela mourisca Espanha até à ilha de Maiorca. No início do século XIII, Maiorca foi um dos principais portos utilizados pelos navios comerciais que viajavam entre a Espanha e a Itália.




Confeccionadas na forma de diversos objetos utilitários (tais como pratos, tigelas, jarros, vasos e telhas) ou decorativos (esculturas e relevos) de tamanhos, formas e pesos bastante variados, as maiólicas são cerâmicas porosas e coloridas, de revestimento transparente ou opaco, adornado com reflexos metálicos. As principais cores são o azul (cobalto), verde (cobre), purpura e castanho (magnésio), amarelo (antimônio), laranja (antimônio e ferro) e branco (estanho)




Independentemente do seu lugar de origem, esta cerâmica foi importada para a Itália, através de Maiorca, chegou a ser referido como maiólica (Majolica em Inglês). Os italianos começaram então a criar e desenvolver esta arte.




O primeiro período histórico de Majolica italiana abrange parte do século XIV, bem como a maior parte do século XV. Durante este período, os objetos foram criados principalmente para fins utilitários com decoração baseada em motivos abstratos e geométricos. Os exemplares mais antigos provém da Sicília, mas desenvolveram-se em diversos centros de produção como em Faenza, Montelupo, Siena, Orvieto e Roma.




No século XV, Florença tornou-se o principal centro produtor, aliando os avanços técnicos do Renascimento à uma renovação estética do modelado e da decoração. No final do século XV, os retratos humanos tornaram-se muito populares. Pratos muito grandes chamados Piatti da Pompa, também foram pintados para homenagear uma celebridade ou uma conquista pessoal. Faenza, introduziu os temas historiados nas faianças.




O século XVI foi a idade de ouro de Majolica Italiana, foi uma explosão de novos designs, cores e técnicas mantidas nas oficinas de artesãos, que se encontravam completamente ocupados na realização de peças, para a nobreza e comerciantes ricos de toda a Europa. Nos mestres da época salienta-se Nicola da Urbino, Guido Durantino, Mestre Giorgio de Gubbio, Francesco Xanto Avelli, Orazio Fontana de Urbino e Mestre Domenigo de Venice.




No século XVI a Majolica foi desenvolvida como uma combinação perfeita entre a função e arte. Um exemplo é o Jarro Boticário, Albarello em italiano, usado nas farmácias para armazenar ervas, drogas, xaropes, pós e comprimidos. O outro exemplo importante é a criação de serviços de mesa Majolica. Estes serviços eram encomendados por famílias aristocráticas que queria impressionar os seus convidados tendo o brasão da família pintado em cada prato.




No século XIX, colecionadores particulares e museus começaram a recolher peças originais da Renascença e ajudaram a reavivar o interesse na maiólica renascentista tradicional.

Alguns dos principais centros de produção (por exemplo Deruta e Montelupo) ainda produzem maiólica, que é vendida para todo o mundo.




A pitoresca cidade de Deruta é considerada a capital mundial da cerâmica Majolica e é também um dos centros mais nobres e antigos da produção de cerâmica.




A cerâmica maiólica,tem sido apreciada por muitas pessoas e por muitos artistas como por exemplo Picasso. A razão principal, deve-se provavelmente, ao facto do processo criativo de fazer maiólica continuar a ser o mesmo que era há 500 anos. O oleiro pode agora ter uma roda elétrica, em vez de empurrar um pedal. Os fornos de queima de madeira foram substituídos por fornos elétricos, mas todo o trabalho de criar uma peça maiólica contínua a seguir a mesma tradição antiga, especialmente a pintura à mão, onde a qualidade e arte define uma verdadeira peça maiólica.

Fontes: Wikipedia; http://www.biordi.com/history-of-majolica.php; http://www.italianmajolica.com/;http://www.artistica.com/Majolica_History.htm; outros



"A arte é a expressão da sociedade em seu conjunto: crenças, idéias que faz de si e do mundo. Diz tanto quanto os textos de seu tempo, às vezes ate mais." (Georges Duby)

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3 Poema do Amigo José António





Olha em teu redor e sente
A vida sempre a se renovar
Vê com atenção ela não mente
Pois está sempre a despontar

Não há contrário para a vida
O oposto de morrer é nascer
E para torná-la mais querida
Sente o que está a acontecer

Vida nasce do NADA e é TUDO
O antes, o depois e o AGORA
E se já o pressentes contudo
Vive-a sempre hora a hora

Hoje visitei-te entusiasmado
Quis estar e também ser contigo
Neste meu tão sereno voo alado
Deixo esta semente a um amigo(a)

Que este ano que agora começa
Lhe traga felicidade para o SER
E que nada, mas nada a impeça
De a Luz Profunda querer VER

Um abraço

José António

Poema deixado aqui no meu humilde cantinho pelos amigos Isabel e José António do blog "Poesia Viva", um cantinho lindíssimo onde as poesias do José António de mãos dadas com as fotografias da Isabel, encantam a nossa alma. Merece sem sombra de dúvidas uma visita.

Obrigado Amigos





Ser poeta é transmitir nas palavras toda a magia que vai no coração e tocar assim a alma de quem lê.
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16/01/2012

23 Jacarandá-mimoso




Jacarandá é uma árvore ornamental com flores lindíssimas, que deleitam o nosso olhar quer quando estão na árvore e quer quando formam tapetes de cor e encanto.

Existem cerca de 100 espécies diferentes, que variam em tamanho de um arbusto a uma árvore, atingindo entre 2 m e 30 m de altura. Nativa das regiões tropicais e subtropicais da América Latina, encontra-se em quase todas as regiões de clima temperado.




Uma das éspecies, mais conhecida, o jacarandá-mimoso (Jacaranda mimosifolia, D. Don) é nativo da Argentina e Bolívia, e encontra-se ameaçada no seu habitat natural.

Muitos países utilizam o jacarandá-mimoso na arborização de grandes cidades.




O jacarandá-mimoso pode atingir um porte até 15 m de altura, a sua copa é rala, podendo ser arredondada ou irregular, tem folhagem delicada, podem ser decíduas ou semi-decíduas. O seu caule, 30 a 40 cm de diâmetro, é um pouco retorcido, com casca clara e lisa quando jovem, que gradativamente vai se tornando áspera e escura com a idade.




As folhas, que medem 40 cm de comprimento, são opostas e bipinadas, compostas por 25 a 30 pares de pequenos folíolos ovais delicados, de coloração verde-clara acinzentada, e se concentram na extremidade dos ramos. No inverno, o jacarandá-mimoso perde todas as suas folhas ou parte delas, que dão lugar às flores na primavera.




As suas flores são duráveis, perfumadas e grandes, de coloração azul ou arroxeada, em forma de trompete e arranjadas em inflorescências do tipo panícula. A floração se estende por toda a primavera e início do verão.




Os frutos são cápsulas lenhosas, muito duras, ovais, achatadas, com numerosas sementes. Surgem no outono, são lenhosos, deiscentes e contém numerosas e pequenas sementes. Podem ser são utilizados no artesanato para confecção de bijouterias.




Condições de cultivo:
Deve ser plantado em lugar que dê espaço suficiente para seu crescimento.

Solo e Rega: O Jacarandá prefere solos ricos, arenosos e bem drenados, mas apresenta grande tolerância à maioria dos tipos de solo, não resistindo ao sal. Deve ser irrigada de forma mais constante durante seus primeiros meses de idade até ela se adaptar ao novo local, após isto apenas humedecer o solo periodicamente em tempos de seca prolongada, para não deixá-lo ressecar.

Luz e Clima: requer plena exposição ao sol. Adapta-se a uma ampla variedade de locais, mas aprecia o clima subtropical. Quando jovem, não tolera frio excessivo, mas torna-se mais resistente ao frio com o tempo.

Reprodução/ Propagação : Multiplica-se por sementes. Não necessita podas ou qualquer tipo de manutenção. A poda desta árvore apenas deve ser feita para permitir a formação de um tronco central direito que garanta a estabilidade da árvore, sobretudo em zonas urbanas. Quando excessivamente podada a árvore lança ramos ladrões verticais deformando irreversivelmente a estrutura da copa.




É uma árvore maravilhosa e de grande valor ornamental pelo porte e delicadeza das suas folhas, cor e abundância das suas flores roxas brilhantes e é comumente utilizada no paisagismo de avenidas e parques.



Fontes: “Mundodeflores”, “Wikipedia”; “JardimdeFlores”,.”jardineiro.net”; “Flores guia”; “Floresnaweb”; outros
Fotos: Pessoais


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6 Poema do Amigo Profeta




Um anátema presa num baú
Um actor mudo que chora de si
Uma comédia de enganos menor
Um ir, voltar, o longe, o aqui

Conheço todos os verdes da ilha
O lado escuro da maravilha
Uma saudade que se perdeu com a idade
Uma aurora que morreu de velha

Conheço também uma história engraçada
De um homem que durante toda a vida não disse nada
Quando morreu não soube onde era o céu
Ficou na ilha como alma penada

Profeta

Poema deixado aqui no meu humilde cantinho pelo amigo Profeta do blog "O Profeta” um blog encantador onde reina a poesia. Merece sem sombra de dúvidas uma visita.

Obrigado Amigo




A poesia está na alma, como o rouxinol está nos ramos." (Alfred de Musset)
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