Trazes nos olhos a melancolia
das longas perspectivas paralelas,
das avenidas outonais, daquelas
ruas cheias de folhas amarelas
sob um silêncio de tapeçaria...
Em tua voz nervosa tumultua
essa voz de folhagens desbotadas,
quando choram ao longo das calçadas,
simétricas, iguais e abandonadas,
as árvores tristíssimas da rua!
Flor da cidade, em teu perfume existe
Qualquer coisa que lembra folhas mortas,
sombras de pôr de sol, árvores tortas,
pela rua calada em que recortas
tua silhueta extravagante e triste...
Flor de volúpia, flor de mocidade,
teu vulto, penetrante como um cume,
passa e, passando, como que resume
no olhar, na voz, no gesto e no perfume,
a vida singular desta cidade.
das longas perspectivas paralelas,
das avenidas outonais, daquelas
ruas cheias de folhas amarelas
sob um silêncio de tapeçaria...
Em tua voz nervosa tumultua
essa voz de folhagens desbotadas,
quando choram ao longo das calçadas,
simétricas, iguais e abandonadas,
as árvores tristíssimas da rua!
Flor da cidade, em teu perfume existe
Qualquer coisa que lembra folhas mortas,
sombras de pôr de sol, árvores tortas,
pela rua calada em que recortas
tua silhueta extravagante e triste...
Flor de volúpia, flor de mocidade,
teu vulto, penetrante como um cume,
passa e, passando, como que resume
no olhar, na voz, no gesto e no perfume,
a vida singular desta cidade.
Não conhecia e gostei...bj
ResponderEliminarQue bonito!
ResponderEliminarObrigada pela partilha
Beijinhos
Olá, Maria...Que linda publicação com este poema maravilhoso de Guilherme de Almeida...amei!!! abraços, ania..
ResponderEliminarBela poesia...Espectacular...
ResponderEliminarCumprimentos
Muito bom. Muita elegância desses poetas do passado. Abraço.
ResponderEliminarVersos tristes e melancólicos marcam esta bela poesia
ResponderEliminarUm abraço
Lindos versos de Guilherme de Almeida.
ResponderEliminarbjs Maria Rodrigues e obrigada pela visita.
Carmen Lúcia.
Olá Maria!
ResponderEliminarPassando pra matar a saudades desse cantinho maravilhoso!
Beijos... Fátima.