Tenho medo de perder a maravilha
de teus olhos de estátua e aquele acento
que de noite me imprime em plena face
de teu alento a solitária rosa.
Tenho pena de ser nesta ribeira
tronco sem ramos; e o que mais eu sinto
é não ter a flor, polpa, ou argila
para o gusano do meu sofrimento.
Se és o tesouro meu que oculto tenho
se és minha cruz e minha dor molhada,
se de teu senhorio sou o cão,
não me deixes perder o que ganhei
e as águas decora de teu rio
com as folhas do meu outono esquivo.
de teus olhos de estátua e aquele acento
que de noite me imprime em plena face
de teu alento a solitária rosa.
Tenho pena de ser nesta ribeira
tronco sem ramos; e o que mais eu sinto
é não ter a flor, polpa, ou argila
para o gusano do meu sofrimento.
Se és o tesouro meu que oculto tenho
se és minha cruz e minha dor molhada,
se de teu senhorio sou o cão,
não me deixes perder o que ganhei
e as águas decora de teu rio
com as folhas do meu outono esquivo.
Poema fantástico!
ResponderEliminarBeijo, bom fim de semana.
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Palavras sublimes de Federico Garcia Lorca.
ResponderEliminarBjs Maria Rodrigues e um ótimo final de semana.
Carmen Lúcia.
Olá Maria Rodrigues
ResponderEliminarLindo poema, um forte abraço.
Não conhecia, gostei muito! Obrigado pela partilha.
ResponderEliminarBom fim de semana Maria.
Beijinho
Uma boa escolha.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana