12/04/2015

Como as gaivotas




Esta onda cansada
depois do vendaval,
cheira à praia molhada,
cheira a marisco, a sal.

Traz notícias recentes
de centenas de milhas.
Inundou continentes,
brutal, desflorou ilhas.

Corais, búzios vazios,
conchas, algas em feixes,
destroços de navios
e carcaças de peixes.

Tudo à praia aportou:
bússola, gávea e leme.
A sereia apitou,
agora a onda geme.

Ante-aurora. Acordada,
sonho impossíveis rotas:
partir, de madrugada,
livre como as gaivotas.


 Maria Fernanda Telles de Castro       




                


12 comentários:

  1. Um poema com sabor a maresia!
    Bom domingo!

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  2. O apelo do mar e do voo livre das gaivotas.
    Um belo poema a enfeitar este domingo que
    se apresenta agradável. :)
    Bj
    Olinda

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  3. Um belo poema. Vou anotar o nome da autora.
    Um abraço e bom Domingo

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  4. Poema doce e gostoso, como um domingo de manhã...

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  5. Oi Maria! Passando para te cumprimentar e apreciar este belo poema, com ênfase para a estrofe abaixo:

    Corais, búzios vazios,
    conchas, algas em feixes,
    destroços de navios
    e carcaças de peixes.

    Beijos e muita paz para ti e para os teus.

    Furtado.

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  6. Olá Maria! Eis que mais uma vez, aqui me faço presente para me deliciar com a leitura deste belo poema da Maria Fernanda Telles de Castro. São os reclamos da Natureza pelas agressões que lhe são impostas pelo homem.

    Beijos e um ótimo domingo para ti e para os teus.

    Furtado.

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  7. Maria, nome da poetisa Maria Fernanda Telles de Casto, é desconhecido. Isso não obsta a deixe aqui os meus parabéns, pele opção tomada.
    beijinhos

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  8. Lindo!!! Um belo poema...
    Gosto das gaivotas, mas das que via na praia de Angeiras, no seu habitat natural, não das cidadãs.
    Um grande abraço

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  9. Um lindo poema como as ondas do mar beijando a areia.
    Beijos.

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  10. "Essa onda cansada,
    sonha acordada,
    partir de madrugada"...
    Achei lindo!
    Beijo.

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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