O cipreste inclina-se em fina reverência
e as margaridas estremecem,
sobressaltadas.
A grande amendoeira consente que balancem
suas largas
folhas transparentes ao sol.
Misturam-se uns aos outros, rápidos e
frágeis,
os longos fios da relva, lustrosos, lisos cílios
verdes.
Frondes rendadas de acácias palpitam inquietantemente
com o
mesmo tremor das samambaias
debruçadas nos vasos.
Fremem os bambus sem
sossego,
num insistente ritmo breve.
O vento é o mesmo:
mas sua
resposta é diferente, em cada folha.
Somente a árvore seca fica
imóvel,
entre borboletas e pássaros.
Como a escada e as colunas de
pedra,
ela pertence agora a outro reino.
Se movimento secou também, num
desenho inerte.
Jaz perfeita, em sua escultura de cinza densa.
O vento
que percorre o jardim
pode subir e descer por seus galhos
inúmeros:
ela não responderá mais nada,
hirta e surda, naquele verde
mundo sussurrante.
Cecília Meireles
Oi Maria muita paz, vim te visitar e encontrei esta poesia linda de cecilia meireles. Uma feliz páscoa, abraços Celina.
ResponderEliminarMaria,
ResponderEliminarQue lindo o poema de Cecília e a foto que você escolheu!
Bjs.
Passando para desejar uma Santa Páscoa.
ResponderEliminarBeijo.
isa.
LINDO!!! beijos,tudo de bom,chica
ResponderEliminarUm belo poema da Cecília Meireles.
ResponderEliminarO vento que afasta borboletas e pássaros mas deixa ficar imóvel a árvore.
Beijinho e boa Páscoa
Não conhecia essa poesia tão bela de Cecília Meireles.
ResponderEliminarCarol
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Sempre Cecília! Amo!
ResponderEliminarAmiga querida, este poema é uma brisa.
ResponderEliminarTocou minha alma, alegrou-me, uma inspiração, diria.
Um abraço, beijos.
Amiga Maria! Eu adoro Cecilia,este poema é magnifico e de rara beleza...gostei muito.
ResponderEliminarBeijinhos e Feliz Páscoa