02/09/2010

Maria das Quimeras - Poema de Florbela Espanca




Maria das Quimeras me chamou
Alguém.. Pelos castelos que eu ergui
P'las flores d'oiro e azul que a sol teci
Numa tela de sonho que estalou.

Maria das Quimeras me ficou;
Com elas na minh'alma adormeci.
Mas, quando despertei, nem uma vi
Que da minh'alma, Alguém, tudo levou!

Maria das Quimeras, que fim deste
Às flores d'oiro e azul que a sol bordaste,
Aos sonhos tresloucados que fizeste?

Pelo mundo, na vida, o que é que esperas?...
Aonde estão os beijos que sonhaste,
Maria das Quimeras, sem quimeras?...

Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade" 





8 comentários:

  1. Oi Maria, boas férias para vc. Eu sou admiradoura de Florbela Espanca, fiquei feliz com o bonito soneto, por sinal muito lindo. um abraço carinhoso, Celina.

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  2. Oi Maria, tem selos de presente pra você nos meus blogs
    palavrasnosventos.blogspot.com
    haikainosventos.blogspot.com

    passenos dois e pegue
    beijos

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  3. Lindo poema...pura sensibilidade de Florbela...
    Beijinhos...
    Valéria

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  4. Querida amiga, linda poesia...Beijocas

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  5. Admiro muito os poemas de Florbela e a sua coragem num tempo tão adverso...

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  6. Olá Maria!

    Forma superior, recheada de triste melancolia, este descrever do acordar dum lindo sonho que não resistiu à luz do dia, e se transformou em profunda desencanto - como só ela é capaz de fazer.

    Beijinhos.
    Vitor

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  7. Florbela Espanca é das nossas maiores Poetisas. Cantou o amor como ninguém...mas tambem a desdita, as desilusões e angústias.
    Foi uma ulher de contrastes vividos até aos expoentes máximo.
    Belissima escolha.
    Graça

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  8. Olá amiga, é um lindo poema! Obrigada por
    compartilhar...
    Querida, espero-te em meu blog pra buscar
    o selinho que tenho lá pra você...
    Deixo-te um abraço e meu carinho... Bjsss

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