09/05/2010

Solidão - Poema de Cecilia Meireles


Imensas noites de Inverno,
com frias montanhas mudas,
é o mar negro, mais eterno,
mais terrível, mais profundo.
Este rugido das águas
é uma tristeza sem forma
sobe rochas, desce fráguas
vem para o mundo e retorna...

E a névoa desmancha os astros,
e o vento gira as areias
nem pelo chão ficam rastos
nem pelo silêncio estrelas

A noite fecha seus lábios
- terra e céu - guardado nome.
E os seus longos sonhos sábios
geram a vida dos homens.

Geram os olhos incertos,
por onde descem os rios
que andam nos campos abertos
da claridade do dia.

Cecília Meireles


"Só tenho uma certeza, é que o Amanhã é uma grande incerteza e que por isso, devemos aproveitar ao máximo o dia de Hoje"

4 comentários:

  1. QUERIDA MARIA, BELÍSSIMO POEMA QUE ESCOLHESTE...PARABÉNS...!
    ABRAÇOS DE CARINHO E TERNURA,
    FERNANDINHA

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  2. Hoje,Maria,o dia das mães reverenciamos nessa terrinha Brasil,daí minha homenagem nesse domingo mater,a todas as mininas do mundo!

    bzu mãos suas,pessoa!

    vva la vida

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  3. Olá Maria!
    Belo poema e bonita imagem!
    Beijinhos e uma boa semana!

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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