Passavam pelo ar aves repentinas,
O cheiro da terra era fundo e amargo,
E ao longe as cavalgadas do mar largo
Sacudiam na areia as suas crinas.
Era o céu azul, o campo verde, a terra escura,
Era a carne das árvores elástica e dura,
Eram as gotas de sangue da resina
E as folhas em que a luz se descombina.
Eram os caminhos num ir lento,
Eram as mãos profundas do vento
Era o livre e luminoso chamamento
Da asa dos espaços fugitiva.
Eram os pinheirais onde o céu poisa,
Era o peso e era a cor de cada coisa,
A sua quietude, secretamente viva,
E a sua exalação afirmativa.
Era a verdade e a força do mar largo,
Cuja voz, quando se quebra, sobe,
Era o regresso sem fim e a claridade
Das praias onde a direito o vento corre.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Bom dia querida Maria!
ResponderEliminarMais um lindo poema que não deixaste passar em vão e o colocas-te para que podessemos ter o prazer de o ler.
Um belo dia e um bj.
Olá, Maria
ResponderEliminarUm lindo hino à Natureza e a todos os seres vivos, desta grande poetisa.Nestes dias de Sol e cheiros primaveris, apetece andar de cabelos ao vento e apreciar todos e cada um dos presentes que nos são oferecidos.
Beijos
Olinda
Muito lindo o poema, parabéns pela postagem.Beijos
ResponderEliminarEspetacular poema e imagem ...Fiquei parada , quase sentei no banco,srsr beijos,chica
ResponderEliminarÉ sempre bom visitar teu blog e ficar encantada...
ResponderEliminarMeu carinho e afeto sempre!
Paz no coração!
Só pode ter saido da visão interior de grande
ResponderEliminarpoeta, um poema assim...
Beijo
Lindo Maria maravilhoso poema que nos faz sentir suas verdades ,sentindo o vento no rosto a areia
ResponderEliminara brisa do mar para mim não pode existir paisagem mais linda,chego a sentir a brisa e o perfume do mar,é como se o tivesse diante dos olhos.
parabens querida e obrigaga por compartilhar.
um abraço com carinho,marlene
olá amiga querida, desculpe minha ausencia, é por uma boa causa, muitos beijos terê.
ResponderEliminarQuerida Maria paz para todos, passei para agradecer a visita e a oferta do mimo, este só quando o neto vir até aquí, agradeço desde logo a tua gentileza Obrigado Maria por compartilhar coisa tão belas, UM abraço carinhoso Celina.
ResponderEliminarMaria Querida
ResponderEliminarFiquei sem palavras, porque adoro este poema da Sophia de Mello, nunca encontro as palavras certas para comentar poemas. Amei o poema e as imagens.
Minha amiga agora só poosso te visitar á noite, problemas com o computador.
Beijinho
Sophia Breyner é incomparável!
ResponderEliminardia feliz, Maria.
Beijinho.
p.s. reparei que também te levaram os Amigos, que coisa incómoda, estas surpresas de fim de semana!
Maria
ResponderEliminardeixo um abraço!
procurava um poema da Sofia de Mello Breyner, e este é uma boa ideia para colocar no meu blogue de poesias
Angela